Finalmente consegui parar para escrever um post decente, a correria está diminuindo, as coisas se reorganizando, e tudo correndo dentro da planejado. Acho que já posso retomar minha vida normal.
Muita gente me perguntando como foi a festa que fiz com o Wlad em Limeira, então, vamos a cobertura completa de nossa aventura na "Terra Perdida da Laranja Lima":
Passagens compradas para as 19hs, e uma maratona pra chegar a estação Sé do metro para encontrar o Wlad e o Murilo, nosso "roadie" de plantão. Depois de muita correria devido aos preparativos para o evento e os outros tantos compromissos acumulados na agenda, cheguei com alguns minutos de atraso. Nem deu tempo de comer um junkie food antes de embarcar, sem falar que a agilidade do atendente da tabacaria para me vender 2 "maços Free Box" quase me fez perder o ônibus.
- Nós precisamos descer na frente do Senac, em Limeira – disse o Wlad ao motorista.
- Chegando lá o Senhor me "alembra". – respondeu o motorista.
- Como assim, Bial!? – pensou o Wald.
Bom, preferimos não entender, afinal, se não sabíamos onde íamos descer, e por isso perguntamos a ele, como iríamos "alembrá-lo" quando chegássemos?
Certamente os outros passageiros nos odiaram pelas 2 horas que se seguiram, de tanto que falamos e perguntados se já estava perto de Limeira rs.
Depois de ler (ou tentar ler) muitas placas, e ir mais 2 vezes "alembrar" o motorista sobre o Senac, finalmente chegamos a um ponto no meio do nada, de onde fomos resgatados por santas almas enviadas pelo "Deus Kingston", que nos levaram numa viagem de 2 minutos e meio ao local do evento. Creio que sozinhos teríamos chegado no mínimo 3 horas depois.
9 e pouco da noite e já haviam góticos sentados na frente da casa, segundo a direção, desde as 18hs. Isso que é sede de balada.
Correria pra montar tudo, estrobo pifado, "dark ruim" no jeito, velas pretas e vermelhas dando o clima "vampiresco", os hambúrgueres "mais grandes" do mundo, eu desvirginado pelo Virtual DJ e, finalmente, a casa aberta a uma procissão de gente de preto.
Balada rolando linda, cervejas e mais cervejas goela abaixo, e o ponto alto da festa: O punk goth da calça rasgada na bunda, na cidade perdida da laranja lima.
- Rasguei minha calça. – diz o Wlad
- Como assim? – respondo
- Rasguei a calça, caralho.
- Hahahahahahahahahaha – não me aguentei.
- É sério, que que eu faço? – Wlad em desespero
Ali estava o Wlad, com as calças rasgadas na bunda, aos olhos de quem quisesse ver.
Nas próximas horas, creio que devido ao resultado da conta de R$ 160,00 de cerveja (custava 3,50 a garrafa) o Wlad não deu muita importância ao acontecido, dançou, bateu fotos, discotecou, e até, dizem por aí, lançou moda em Limeira rs.
Desse momento pra frente tudo começa a ficar obscuro, as lembranças confusas, as palavras emboladas, e por aí vai. Sei que quando a festa terminou amanhecia o dia, e somado o tempo do fechamento, pagamentos, recebimentos, e as últimas cervejas, era mais que dia.
Graças a Aninha que mandou um Bat-sinal para o Seu Adir, nos jogamos dentro de um táxi.
Café preto com coxinha pra encarar a volta. O Murilo já de ressaca e deixando um rato morto no banheiro da rodoviária. Eu completamente estragado, amarrotado e ainda bêbado. E o Wlad, já tendo espasmos de sobriedade, preocupado com o rasgo na calça.
Dizem por aí que ele lançou moda entre os motoristas também rs.
A viagem de volta foi mais tranquila, todo mundo "nanando" até São Paulo.
Chegamos. O Wlad acordado aos gritos entusiasmados de "Open Bar no Vitrola, agora!" E olha que se o Vitrola estivesse aberto era bem capaz de irmos pra lá tomar a saideira, mas não estava :(
O Murilo já andava com os braços estendidos como um zumbi, eu não tinha voz, e o Wlad, finalmente sóbrio, entrou em pânico. Juro que eu pagava qualquer preço para entrarmos num vagão do metro lotado de emos rs.
Como baratas tontas, nos despedimos, fui para a Zona Lost, Murilo e Wlad para a Santa Cecília, e eu subi as escadas rindo, vendo, ao longe, o andar gracioso do punk goth da calça rasgada na bunda.
Enfim, foi isso: mais uma balada desta longa estrada de 20 anos de "punk-goth-hardcore". Mais uma bebedeira memorável. Mais uma parceria bacana. Mais amizades que valem a pena. Mais uma história para contar para os netos.
Em breve voltaremos para a segunda edição da The Darkest Night, e eu sugiro todos irmos com as calças rasgadas na bunda rs.
Na LUTA!
Adriano Pacianotto