sexta-feira, janeiro 28, 2011

Chegando o Fim de Semana



Sábado rola mais uma edição do Verão Revolução, o festival que tem inflamado a cena de rock independente nacional. Compareçam! Participem! Divulguem!

E é sempre bom lembrar que NENHUMA BANDA, EM NENHUM DE NOSSOS EVENTOS, É OBRIGADA A VENDER INGRESSOS OU PAGAR QUALQUER VALOR À CASA E/OU AOS ORGANIZADORES.

Se você tem banda de rock (lembrando que Fresno e Resart não é rock), tem vontade e compromisso com a música e pretende ser respeitado como tal, por favor, não aceite esquemas de venda de ingressos, ou será visto sempre como "banda que precisa pagar pra conseguir tocar", o que é, no mínimo, vergonhoso.

Quer dar um chacoalhão na cena? Vem com a gente!

E também continuo agendando expositores de material alternativo para a feirinha que rola durante os shows. Interessados escrevam para adrianopacianotto@hotmail.com

Volto depois anunciando novos projetos e contando tudo sobre a Best Of ZonaPunk, a maior premiação da música independente do país, promovida pelo site ZonaPunk (http://www.zonapunk.com.br/), com entrega dos prêmios dia 03/02 no lendário Hangar 110, e uma mega festa madrugada adentro, na sequência, no Inferno Club, na Baixa Augusta. Mas isso é no próximo post, agora tenho que voar até o Rock Together pra pegar as camisetas do Verão Revolução 2011, que, por sinal, ficaram fodidas!!! Sabadão teremos peças à venda no Sattva.

Até breve.

Na LUTA!
Adriano Pacianotto

quinta-feira, janeiro 27, 2011

SOB O DOMÍNIO DO ÓPIO



SOB O DOMÍNIO DO ÓPIO
Adriano Pacianotto


Aquela estrada maldita se estendia por quilômetros infindáveis. Não havia sequer um túmulo à sua volta que não me causasse enorme fascínio, porém, nada se igualava ao feitiço que a desconhecida lápide negra exercia sobre mim. Na última noite um velho demoníaco veio num de meus sonhos e disse-me que eu deveria encontrá-la e cavalgar o enorme verme alado que mora lá.

O céu daquele lugar era de um rosa quase fosforescente e o sol um círculo branco sem luz própria. A estrada era um tapete de mármore com rachaduras que descobriam abismos coloridos. Andei por horas nessa estrada e tudo que me cercava eram fantasmas e mausoléus, nada se modificava, com exceção das raras tempestades de cadáveres que caiam quando o céu ficava amarelo, que obrigavam-me a esconder-me em alguma catacumba abandonada. Essas tempestades tornavam o caminho escorregadio e fedorento, devido ao caldo grosso que escorria dos defuntos espatifados no chão.

Caminhei naquele vale de morte durante cinco dias, alimentando-me apenas de estranhas larvas roxas que brotavam do solo podre do cemitério infinito e bebendo da água negra que pingava dos cones retorcidos que desciam do céu.

Finalmente encontrei a enorme lápide negra, parei debaixo dela, ela flutuava a uns dois metros acima do solo arenoso, e foi naquele exato momento que eu morri. Centenas de demônios de vinte centímetros me sepultaram num caixão circular de ouro, meu espírito se levantou do meu corpo e então, enfim, pude ver a multidão de anjos decaptados pendurados por ganchos flutuantes naquele ar empoeirado e morno. De um buraco cheio de uma repugnante gosma verde saiu o enorme verme alado, voou por algum tempo e depois pousou ao meu lado, foi então que cavalguei-o por mais de mil séculos desconhecidos, mas deles nada lembro.

Isso é tudo que sei até vir parar neste estranho deserto agônico. O verme alado desapareceu e o velho demoníaco ressurgiu e disse-me que devo encontrar o abismo azul e semear a vagina morta que mora lá.

segunda-feira, janeiro 24, 2011

Suede Irá Relançar Todo Catálogo Remasterizado





Suede Irá Relançar Todo Catálogo Remasterizado E Com Material Bônus
por Wladimyr Cruz, em 24/01/2011 (Segunda-feira), 05:30

Em junho, o Suede irá relançar a versão remasterizada de seus cinco álbuns de estúdio, com músicas inéditas e DVD bônus. A banda, que está agendada para tocar seus três primeiros álbuns completos em três shows na O2 Academy em Londres no mês de maio, irá re-editar os seguintes discos: o auto-intitulado de 1993, "Dog Man Star" (1994), "Coming Up" (1996), "Head Music" (1999) e "A New Morning" (2002).

O vocalista Brett Anderson declarou: "Esta é a coleção definitiva de tudo que lançamos em 14 anos juntos e inclui material inédito e nunca visto antes que até eu tinha me esquecido que existia. É a história completa da banda em audio e ela é imperfeita, estranha e às vezes linda".

Fonte: http://www.zonapunk.com.br/news.php?id=14871 

sexta-feira, janeiro 21, 2011

O Blog Recomenda

Vamos aos flyers do fim de semana.





Compareçam! E comecemos a balbúrdia!

Abraços a todos.

Na LUTA!
Adriano Pacianotto

Um pouco de literatura maldita


Mais um conto da nova marginália paulista, do Rodrigo Oliveira, o bukowskiano Vinte e Oito.

Na LUTA!
Adriano Pacianotto


VINTE E OITO
por Rodrigo Oliveira - @insideshout

Esfregou o fumo na palma da mão. Assistia a TV. Cortou um pedaço de "seda". Depositou o produto no papel. Uma volta. Duas voltas. Passou a língua. Bateu uma das pontas contra a mão esquerda. Colocou sua arte sobre a mesa. Abriu a gaveta do armário da cozinha. Contas. Contas vencidas de luz, água e móveis. Retirou a gaveta. Remexeu no fundo de madeira. Apanhou a "quadrada". Quinze tiros. Um na agulha, quatorze no pente. Colocou na cintura. Entre o cinto e a cueca. Leu pela vigésima vez o bilhete em cima do fogão: "Fui ao shopping com a Tereza... Beijos". Beijos... Beijos? Entrou no quarto. Abriu o guarda roupas. Vestiu a camisa. Calçou os sapatos. Olhou pela centésima vez o retrato dela. Cabelos pretos. Olhos azuis. Linda. Linda? Passou pela cozinha. Guardou sua obra de arte no bolso da camisa. Saiu. Uma quadra. Duas quadras. Uma avenida. Uma quadra. Uma rua. Uma escada.


Hotel barato. Vinte e três a pernoite. Quarenta e seis a diária com café. "Boa tarde". "Boa tarde". Tédio. Mentira. Boa tarde? "Um quarto". "Pernoite?". "Isso". Vinte e três adiantados. Subiu as escadas. Fitou a chave. Quarto 27. Parou frente ao vinte e oito e ouviu: "Vai paizinho... ahh. Isso paizinho... Mete, mete...". Entrou no 27. Tirou os sapatos. Calçou os chinelos descartáveis. Saiu. No corredor ouviu: "Vai paizinho...". Outra vez. Outra vez?


Desceu as escadas. A rua. O bar. "Uma cerveja". Um copo. Dois copos. Três copos. "Mais uma". Um, dois, três. "Cinquenta e um com limão". Virou de uma vez. "Mais uma". De novo. A conta. O troco. A rua. As escadas. O vinte e oito. "Vai paizinho...". Vinte e oito. V-i-n-t-e-e-o-i-t-o. Dois e oito. Dois mais oito. Dois mais oito, dez. Dez? Dez anos. Dez noites. Dez tardes. Dez necessário. Dez nivelado. Dez casado. Dez casado?


Chutou a porta 28. Susto. Calma. Não disse nada. Braços peludos. Jovem. segurava seus cabelos pretos. seus olhos azuis. SEUS olhos azuis? Tirou da cintura. Estava entre o cinto e a cueca. 1.2.3.4.5.6.7.8.9.10.11.12.13.14.14.Clik.Clik. Quatorze. A quinze emperrou. Sangue. Lágrimas. Corpos. Dois. Dois? As escadas. O balconista. O medo. Dele claro. Segurava o telefone. Abaixou a cabeça.


A rua. O bar. "Uma cerveja". Um copo. Dois copos. Tirou o baseado do bolso. Acendeu. Uma tragada. Fumaça. "Não pode fumar maconha aqui". "Foda-se". Duas tragadas. Duas tragadas?


Ouviu as sirenes...

quinta-feira, janeiro 20, 2011

A Nova Marginália


Hoje começo a publicar uma sequência de textos e poemas de autores envolvidos na mobilização Verão Revolução 2011, neste post com um conto sem título de Gui Nascimento (@twittandosuamae), publicado no zine Nothing Gold Can Stay, lançado no último sábado, 15/01. Curti bastante, espero que gostem também.

Até logo.

Na LUTA!
Adriano Pacianotto


(conto se título) - por Gui Nascimento

Por que a vida parece menos pesada quando descrita desse modo? Eu, sentado na cadeira; ele, por trás da mesa, com uma uma pilha de formulários em branco e um carimbo: Qual é o problema? Comecei com o da coluna... tão torta quanto a do Forrest Gump. É claro que eu não chegaria a ponto de ter que usar aquela engenhoca nas pernas para poder corrigir minha postura. Que postura? Nem física nem engajada. "O que você faz?". Foi nesse ponto que eu comecei, não foi? Trabalho em um escritório, nada demais, sabe Doutor. Pagam bem, dá pra tomar café o dia inteiro e ficar na Internet. Coisas desse tipo. Se eu ainda estudo? Não. Já estou com vinte anos, terminei o ensino médio. É, eu sei, pareço ter uns dezessete. Sempre pedem a minha identidade quanto eu vou à boate. Deve ser por causa do meu físico meio franzino. Ah, sim, com relação aos estudos, eu penso em continuar o ano que vem, mas estou em dúvida entre jornalismo e letras. Pousei o livro do Kafka na ponta da mesa. Eu tinha levado pra ficar lendo na sala de espera. Não aguentava ver telejornal com aquela TV lá no alto, presa num suporte na sala de espera. Também não suportava as crianças chorando desesperadas temendo as agulhas escondidas naquele mundo de corredores e portas com cheiro de álcool e desinfetante. Cheiro típico de hospital. Os velhos também me deprimiam. Não. Não vou chegar a esse ponto. Antes dos quarenta eu tô puxando o gatilho. Quarenta ainda é cedo, dizia Pedro. Com certeza, meu bem, mas não é todo mundo que chega aos quarenta e dois com corpinho de vinte, como você chegou, respondi na ocasião. O Doutor Valdemar diria a mesma coisa, mas aquilo não faria parte das minhas respostas. Aquilo estava num plano confessional mais profundo e desesperado. Talvez bêbado eu pudesse chegar a tal ponto. O lance com o Doutor Valdemar era o de pura atuação. Além da minha coluna torta todo o resto deveria ser belo e simples como nunca foi realmente. Ali, naquela salinha branca que mais lembrava uma cela de prisão de primeiro mundo, eu preferia não me lembrar dos contos e romances largados pela metade, salvos em meu computador há meses atrás. Ou o violão Eagle Folk, guardado dentro da capa há duas semanas, quando eu havia tentado compor uma música nova e terminei entrando em desespero estourando três cordas aflitivamente. Nada daquilo deveria ser relatado. Ele comentou algo sobre a crise, e eu argumentei algo sem importância. Pediu que eu ficasse de pé e tirasse a camisa. Ele tateou e não disse nada, como é costume de todo o clínico geral, não se envolver, apenas encaminhar. Peguei os formulários, o Kafka e me despedi educadamente. Acho que ouvi um "boa sorte", mas foi impressão minha.

quarta-feira, janeiro 19, 2011

BANQUETE CORPOÉTICO

óleo sobre tela, 20 x 50cm - Rio de Janeiro, acervo Jaime Vilaseca

Hoje estou repassando as informações sobre a oficina Banquete Corpoético, que vai rolar no Rio de Janeiro. Segue o release enviado pela Angela e pela Nívea.

E se alguém tiver algum evento ou iniciativa cultural para divulgar pode me mandar que terei imenso prazer em publicar.

Abraços a todos.

Na LUTA!
Adriano Pacianotto


OFICINA BANQUETE CORPOÉTICO

Corpoético é um estudo relacionado a integração de arte, educação e sustentabilidade realizado pela artista Nívea Magno em parceria com Júlia Rodrigues e Ângela Morelli. Através do corpoético procuramos viver a arte e poetizar a vida.

A oficina Banquete Corpoético se propõe a estabelecer um espaço-tempo de intregração do ser numa vivência que toma o alimento como metáfora para o encontro e a relação.

Composta de três fases; realizamos um processo individual de consciência corporal, através de alongamentos e despertar das articulações. Depois cada participante recebe um alimento "in natura", que será o estímulo para dar continuidade a exploração do corpo. Essa exploração inicial levará aos encontros: dos corpos e dos alimentos, gerando novas composições e novos sabores. Ao fim chegaremos ao nosso banquete: onde só é possível oferecer o alimento e comer o que é oferecido. A partir de uma prática e um ponto de vista artístico, a vivência explora a simbologia que o ato de alimentar-se carrega para retomar seu potencial de ritual, celebração e encontro.

Integrada com a linha de alimentação vegetariana, a oficina também se propõe a desmistificar o vegetarianismo promovendo a intimidade com os alimentos e suas diversas possibilidades.

Sejam todos bem-vindos a compartilhar desse momento!
Será sábado dia 22 de Janeiro a partir dás 16hrs.
Rua Candido Mendes, 825
Contribuição sugerida de 30 reais.

Divulguem, por favor!

Forte Abraço!
Angela e Nívea

terça-feira, janeiro 18, 2011

VELHO NICK NO PIANO




É uma boa hora para rever os planos...
Tirar uma tarde pra limpar o aquário
Enquanto as frases que ressoam
Misturam-se ao longo sábado

Penso, em paz, em meus projetos...
Calmamente penso, soluciono... e sonho!
Hoje à noite o teu silêncio
E canções que já choraram insônias

Eu me perco em cochilos leves
O último instante silenciou seu pranto
De meu pobre coração ofereço
Esta jura de amor perfeito

E eu sigo tristemente...
Corriqueiras luzes de meus porres
"Noite por noite, dente por dente"
No mundo todos estão mortos

No balcão deito minhas preces!
Velho Nick no piano
A puta velha no outro canto...
Nem por todo desespero

É o mundo e sua miséria
Tanta falta de vergonha
É o demérito do encanto
É o amor jogado às traças

Era eu quem procuravas
Era eu, que mesmo longe...
"Não te assustes, que te quero"
Ouviste, sim, naquele instante

Não tem nuvens de algodão
Só barulhos apressados
A vizinhança em algazarra
Sem horizonte alaranjado

Mas me resta um cemitério farto
Que cabe bem a estas horas
Que leva longe e traz respostas
Que guarda meus instantes

Dorme, que meu coração não é de pedra
Dorme na calma de meu bem querer-te
Quando acordares terei ido embora
Mas saberás que é pra sempre

19/09/2009
Adriano Pacianotto

segunda-feira, janeiro 17, 2011

O primeiro fim de semana de uma longa campanha


Nesse sábado rolou a primeira edição do Verão Revolução 2011 em São Paulo, no Sattva Bordô, na região central da cidade, que contou com shows das bandas Cleaving, Ketamina, Dissidentes, Reiketsu, Total Terror DK e Skarrapatos KO, além da participação de expositores de material alternativo e fanzineiros.

Com ótima repercussão na imprensa, com matérias nos principais portais de música e entretenimento do país, como UOL, Kiss FM, MTV, ZonaPunk, R7, e a participação voluntária de divulgadores, bandas, artistas, produtores, etc. o resultado pode ser comprovado na prática durante esse evento, onde a interação e o intercâmbio de idéias, cultura e arte foi o foco principal. Ninguém voltou pra casa de mãos vazias ou com sentimento de irrelevância. Cada um que esteve presente percebeu fazer parte de algo maior: uma mobilização livre e sem regras, onde cada um pode exercer sua liberdade de expressão através da arte, isento de qualquer preconceito.

Há tempos que não me divertia tanto em um show desses, que não me sentia tão em casa, trabalhando com gente de verdade, sem frescura nem produçãozinha barata; havia ali a verdadeira representação da cultura underground, com platéia cheia do início ao fim, bandas se ajudando na montagem de equipamentos, infinitas conversas de balcão, o reencontro de velhos amigos, como a Alexandra Baptiste, minha eterna amiga poeta, que publica esse blog aqui: http://odetolovers.blogspot.com/, uma feirinha alternativa, com banquinhas de camisetas e acessórios, mechan de bandas e distribuição de zines, que, por sinal, são bem bacanas, feitos por uma galera nova, sem medo de mostrar a cara, e com ótima qualidade literária. Publicarei parte desses trabalhos aqui durante esta semana.

Confesso que andava entediado com a postura sem graça da cena atual, com tantas festinhas iguais e bandas em busca de fama rápida, ambos, para isso, passando por cima de princípios básicos como qualidade, respeito e união. Mas sábado não, sábado a coisa era autêntica, nada de sorrisos de plástico, nem bandeca chegando de van com seus pseudo-produtores de 18 anos de idade, nada disso, as bandas estavam lá cedo, dispostas, sem estrelismo nem "cú-de-rolismo", sem pagar de "ultima bolachinha do pacote", mesmo porque esse tipo de atitude não funciona ali, isso é pra Menudo, Fresno, Restart ou Sandy e Junior hahaha

E no domingo foi a vez do ZonaPunk Teenage Riot, que tem o mesmo princípio do Verão Revolução, só que abrindo espaço para bandas novas, selecionando-as e levando-as para participar de grandes festivais independentes. Na edição de ontem, a primeira do ano, tocaram as bandas ATM, Parachamas (com agradecimentos especiais ao Alex, que nos deu uma ajuda de extrema importância), Pulmonar, Of Side, Slapkid e Anti Fashion, banda que conta com o Wlad Cruz, sim, o mesmo do ZonaPunk, no baixo e vocal, e que faz um som ímpar, que não parece com nada nem lembra ninguém rs, mas eu me arriscaria a compará-los ao crossover de Buttrole Surfers e Ministry em Jesus Built My Hotrod. E foi com a apresentação caótica e brutal desses velhos punks de Santos que encerraram-se as atividades do primeiro fim de semana dessa revolução declarada, onde molotovs inflamam versos e protestos em 3 acordes.

É isso, do it yourself forever!!!

Na LUTA!
Adriano Pacianotto

sexta-feira, janeiro 14, 2011

O Blog Recomenda!


Vamos aos flyers do fim de semana.









Na LUTA!
Adriano Pacianotto

quinta-feira, janeiro 13, 2011

Aos Meus Leitores e Amigos Fluminenses


Hoje acordei vendo reportagens para todos os lados sobre as tragédias provocadas pelas chuvas no RJ, e engoli uma revolta rançosa de indignação e tristeza.

O descaso é injustamente atribuido somente às autoridades (in) competentes, mas é preciso deixar de ser hipócrita e perceber que no povo há também imensa parcela de culpa.

Fala-se tanto na solidariedade dos brasileiros quando atingido por tragédias, mas não consigo enxergar dessa forma, já que, enquanto centenas de pessoas morrem soterradas, há uma "nação" inteira pulando feito idiotas, comemorando à chegada do Ronaldinho ao Flamengo.

Engraçado como um clube com tamanha força de mobilização de massa (assim como todos os outros) só consiga promover festejos em nome de contratos milionários que em nada beneficiarão o povo, ou então espetáculos de violência gratuíta nos estádios e nas ruas. E é aí que eu me pergunto: a culpa é do Flamengo, do Botafogo ou do prefeito? Não! A culpa é dessa gente que aceita de bom grado tudo que sugira acefalia e vagabundagem, e não estou falando sobre o Rio de Janeiro agora, estou falando do Brasil inteiro, essa terra esquecida de valores nobres, desumana e covarde, onde a única certeza é de que, por maior que seja a luta de muitos, o povo jamais contará vitórias, muito pelo contrário, passará o resto de seus dias contando seus mortos, talvez porque 300 mortes seja uma quantia irrisória diante da importância de um Ronaldinho ou qualquer outro de sua corja...

E depois dizem que eu sou revoltado a toa, me poupem.

Na LUTA!
Adriano Pacianotto

quarta-feira, janeiro 12, 2011

É REVOLUÇÃO!


Tudo começou numa quinta-feira à noite, quando o Nenê e eu nos reunimos no Club Sattva para fechar alguns festivais de bandas com intento de dar um "chacoalhão" na cena independente, fazendo algo que realmente mobilizasse o cenário, e aconteceu que virou isso tudo aqui. É o que acontece quando o verdadeiro underground mostra a cara.


BLOG OFICIAL:
http://veraorevolucao.wordpress.com/

PRIMEIRA DATA NA ARGENTINA CONFIRMADA:
http://www.elsonar.com.ar/sublevados

VERÃO REVOLUÇÃO NO SITE DA UOL:
http://musica.uol.com.br/ultnot/2011/01/06/festival-em-sp-vai-reunir-mais-de-60-bandas-independentes-durante-tres-meses.jhtm

VERÃO REVOLUÇÃO NA PÁGINA DA MTV:
http://mtv.uol.com.br/diariodepalco/blog/uma-porrada-de-banda-junta-agitando-a-cena-punk

VERÃO REVOLUÇÃO NO SITE DA KISS FM:
http://www.kissfm.com.br/noticias/festival-promovera-shows-de-punk-rock-em-cidades-paulistas/

VERÃO REVOLUÇÃO NO R7:
http://entretenimento.r7.com/musica/noticias/festival-reune-60-bandas-da-cena-punk-em-tres-meses-20110107.html

VERÃO REVOLUÇÃO NO SITE INSTITUTO CULTURAL GALERIA DO ROCK:
http://tinyurl.com/veraogaleria

VERÃO REVOLUÇÃO NO TENHO MAIS DISCOS QUE AMIGOS:
http://www.tenhomaisdiscosqueamigos.com/2011/01/11/conheca-o-festival-verao-revolucao-em-sao-paulo/


Na LUTA!
Adriano Pacianotto

terça-feira, janeiro 11, 2011

"VERÃO REVOLUCIÓN"

Cartaz de edição ARGENTINA do VERÃO REVOLUÇÃO 2011


Nesse fim de semana tem início a maratona de shows 2011, com as primeiras edições do Verão Revolução, em Santos e São Paulo.

O Verão Revolução, idealizado pelo músico Nene Altro, é uma mobilização voluntária de produtores, organizadores, bandas e artistas, motivados pelo desejo comum de fortalecer a cena underground, realizando festivais de bandas em São Paulo, Ferraz de Vasconcelos, São Caetano do Sul, Santos e Argentina, durante 3 meses consecutivos.

O projeto também propõe feiras de material alternativo (zines, literatura, artes, música, moda, etc.) acontecendo em todos os eventos.

Os interessados em participar devem entrar em contato comigo pelo email adrianopacianotto@hotmail.com mandando contato e que tipo de trabalho pretende expor.

É muito importante a participação de todos para dar esse "chacoalhão" na verdadeira cena independente.

As datas sob minha coordenação são:

15/01, 29/01, 12/02, 26/02, 13/03 e 26/03 no Sattva Bordô (São Paulo)
22/01, 19/02, 19/03 no Galpão de Ferraz (Ferraz de Vasconcelos)

Para saber mais acessem http://veraorevolucao.wordpress.com/

Por hoje é só pessoal.

Abraços e até breve.

Na Luta!
Adriano Pacianotto

sábado, janeiro 08, 2011

Curemaniacos, UNI-VOS!

Repassando aos Curemaníacos de plantão como eu.

Na LUTA!
Adriano Pacianotto

Sabemos que abaixo-assinado não surte tanto efeito quanto no passado, como fizeram as meninas da fã clube carioca CATCH A CURE em 1996, que colheram mais de 22 mil assinaturas e motivaram a banda a vir tocar no extinto "Hollywood Rock Festival". Mas esse não é um abaixo-assinado, é apenas uma lista com pedidos de fãs brasileiros que será acompanhada pela gravadora UNIVERSAL, portanto, Curemaniacos, UNI-VOS!

Aliste-se aqui: http://listas.terra.com.br/musica/5031-queremos-ver-a-banda-inglesa-the-cure-no-brasil-em-2011

sexta-feira, janeiro 07, 2011

Verão Revolução 2011 no portal da UOL



Saiu matéria sobre o Verão Revolução no portal da UOL, confiram:
http://musica.uol.com.br/ultnot/2011/01/06/festival-em-sp-vai-reunir-mais-de-60-bandas-independentes-durante-tres-meses.jhtm

E lembrando que o agendamento das exposições da feira alternativa que vai rolar nas edições do Sattva Bordô e do Galpão de Ferraz devem ser feitas diretamente comigo, pelo email adrianopacianotto@hotmail.com
E o ano só está começando...

Abraços a todos!

Na Luta!
Adriano Pacianotto

quinta-feira, janeiro 06, 2011

Comecemos Mais Um Ano De Luta!

Banner no site parceiro http://www.rules.com.br  


O ano chegou com chuva e pouco entusiasmo
Foi se soltando aos poucos e acelerando os passos

Acordar cedo e permitir ao coração dias mais calmos
Ouvir manhãs saudosas de Morphine



Morphine - The Night


Passados os feriados de fim de ano a metrópole retoma seus itinerários, os carros congestionam novamente o trânsito e as contas anunciam reajustes altos... é o mundo girando - "time is money" - o tempo todo.

Recomeço a labuta, esse círculo vicioso, após dias organizando o canto novo, onde a Dê e eu temos construido os nossos sonhos.

Mudei de casa e de calendário, nada de organizar baladas este ano, fico nos bastidores mais "tranquilos" dos shows de bandas independentes, coordenando eventos dos sempre parceiros Nene Altro e ZonaPunk, me sobrando mais tempo para o meu trabalho literário, que traz, já no primeiro trimestre deste ano, uma sequência de fanzines artesanais, uma exposição simultânea pelo circuito underground paulista e um e-book disponibilizado gratuitamente, tudo divulgado em breve por aqui.


Quanto aos shows, a maratona começa dia 15/01 com a estreia do Verão Revolução, confiram: http://veraorevolucao.wordpress.com/ e dia 16 com mais uma edição do ZonaPunk Teenage Riot, ambos no Clube Sattva Bordô, na região central de São Paulo.

Continuem acompanhando minhas atualizações que ainda há muito por vir.



Para finalizar quero agradecer à todos os meus leitores, das mais de 150 cidades brasileiras e mais de 20 países que acessam comumente esta página, onde humildemente divido meus anseios com cada um de vocês, sabendo que por todos os lados encontro aqueles que me entendem. Como já disse tantas vezes, sem vocês,
leitores, parceiros e colaboradores, nada disso faria sentido.




Meu muito obrigado e meus votos sinceros de feliz 2011!

É isso. Comecemos mais um ano de Luta!

Adriano Pacianotto
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