sexta-feira, abril 29, 2011

GANG OF FOUR DE GRAÇA NO IBIRAPUERA



Confirmado um show gratuito da banda pós-punk inglesa Gang Of Four - http://www.myspace.com/gangoffour - em São Paulo, dia 29 de maio, no Parque do Ibirapuera. O show faz parte do projeto Música no Parque e do festival da Cultura Inglesa.


Bóra!!!!!!!!!


Na LUTA!
Adriano Pacianotto

quinta-feira, abril 28, 2011

Apé Produções - Lançamentos



A Apé Produções está lançando o trailer de seu primeiro longa metragem, http://vimeo.com/22712931 , a apresentação fica a cargo de Rafael Botas: "Quem participou do processo sabe a saga e desafio gigantesco que foi para gravarmos esta única diária em dezembro de 2010; na qual foram gravados 15% do filme, e, com o material e através de editais estamos em fase de captação de recursos e quando der certo gravaremos todo o filme bebendo e comendo MUITO na conta do nosso “querido” governo, e pagando a todos que participarem da continuação deste projeto. Gostaria de agradecer muito a todos os insanos e inclassificáveis que abraçaram o projeto e transformaram em realidade; valeu a todos (as) pela atitude de iniciar este filme sem verba alguma; um devaneio digno de um novo roteiro e registro."

A produtora também está lançando seu 1º documentário, chamado "Salva Dor", confiram: http://www.youtube.com/watch?v=INF5nCsgYzY

Quem puder, por favor, ajude a divulgar, pois as produções cinematográficas desses malucos são de muita qualidade, e carregadas do mais puro espírito do it yourself.


Na LUTA!
Adriano Pacianotto

quarta-feira, abril 27, 2011

Cante pra eu dormir


Simplesmente uma das mais belas canções dos Smiths, a banda que sempre tocou minha alma às 10h da manhã, em dias parcialmente nublados.  

Na LUTA!
Adriano Pacianotto



ASLEEP (Tradução)
(THE SMITHS)

ADORMECIDO

Cante pra eu dormir
Cante pra eu dormir
Eu estou cansado e eu
Eu quero ir pra cama
Cante pra eu dormir
Cante pra eu dormir
E então me deixe sozinho
Não tente me acordar de manhã
Porque eu terei ido
Não se sinta mal por mim
Eu quero que você saiba
Do fundo do meu coração
Eu ficarei tão feliz em partir

Cante pra eu dormir
Cante pra eu dormir
Eu não quero mais acordar
Sozinho
Cante pra mim
Cante pra mim
Eu não quero mais
acordar sozinho
Não se sinta mal por mim
Eu quero que você saiba
Do fundo do meu coração
Eu realmente quero ir

Há um outro mundo
Há um mundo melhor
Bem, deve haver
Bem, deve haver
Adeus

terça-feira, abril 26, 2011

INTERZONE FEST - LANÇANDO MOLOTOVS

No próximo sábado, mostrando que o verdadeiro rock alternativo sobrevive (e muito bem) no underground paulistano, acontece a primeira edição do Interzone Fest, que foi idealizado por mim, e tem como propósito juntar bandas de qualidade, que gosto, e que são parceiras nessa tortuosa estrada do cenário independente brasileiro, para tocarem, curtirem e encherem a cara. Quem colar certamente vai gostar, não tem nenhuma bandinha querendo ser NX Zero ou Restart, não tem palhaçada de molecada  "produzidinha"  com  visual "roqueirinho-viadinho-marimoon", nem "gótico-trevoso-vampiro-sem-banho"; tem, sim, gente bacana, desencanada, com mentes abertas, fazendo música, arte e cultura no mais puro espírito do it yourself.

Estão todos convidados.

Na LUTA!
Adriano Pacianotto



INTERZONE FEST #1
30/04/2011 - 18:00 às 23:00

Com as bandas

NESSUNO E OS CÃES DE PAVLOV
myspace em construção
HACIENDA
VERGASER
JACK'S REVENGE
BAUDELAIRE
WANDA VALADARES

Entrada:
R$ 13,00 sem lista
R$ 10,00 com lista
Lista - adrianopacianotto@hotmail.com 

Local:
Sattva Bordô
Pça Franklin Delano Roosevelt, 82 - Consolação 
(próx. metros Republica ou Anhangabaú - altura do nº 100 da Rua Augusta)
Info (11) 6574 7041

segunda-feira, abril 25, 2011

Rapidinha do ZonaPunk



She Wants Revenge Lança Novo Clipe
por Wladimyr Cruz, em 23/04/2011 (Sábado), 12:49
Assista aqui o novo clipe do She Wants Revenge, da música "Must Be The One".

domingo, abril 24, 2011

Bem-vindos, dias felizes de outrora!



Quando eu fiz 30 anos, entrei em crise. Aquela cobrança pessoal de metas e objetivos, sabe? Aos 35, mais sereno e decidido, tive o mais calmo de meus aniversários... É bom olhar por onde pisa e conhecer os diferentes caminhos que levam a um mesmo lugar, entende?

Mais uma vez fiz uma faxina na vida, limpei e guardei novamente meus cacos, joguei todo o lixo fora, e preservei com todo carinho as minhas verdades importantes.

Sempre me lembro de um verso do Érico Marin, que diz: "quando se tem um objetivo fica mais fácil". Nunca me esqueci dessas palavras simples, que a mim soaram como uma grande revelação. Eu precisava de um objetivo, mas acabei tendo muitos - mais do que podia - e meus dias se tornaram caóticos, até que passei a reverter o processo, eliminando coisa por coisa do que eu não queria, tudo ao seu tempo e de forma tranquila, até me restar apenas aquilo que sou por essência e que quero por liberdade. Agora a hora é de mudanças bruscas, porque a felicidade, embora inatingível, ainda é a mais doce das utopias, a única digna de nossa luta, e do deleite de nossa vontade.

Bem-vindos, dias felizes de outrora!

Na LUTA!
Adriano Pacianotto
 

quinta-feira, abril 21, 2011

Sujo e Datilografado




Sujos e datilografados, começam a circular pelos becos escuros e balcões boêmios do underground, meus pequenos volumes de poemas xerocados. 


Encontrei uma papelaria perto de casa que ainda vende fitas para máquina de escrever, e como minha Remington 15 ainda funciona perfeitamente, resolvi reativá-la e fazer uma das coisas que mais amo fazer: fanzine. 


Sou do tempo da datilografia, da carta social e do decalque, a, para mim, ainda não inventaram forma mais autêntica (e divertida) de fazer zine do que com cola, tesoura e um monte de textos datilografados. 


Os 2 primeiros números, "Flores de Finados" e "Velho Nick no Piano", respectivamente, vão pra xerox no início da próxima semana. Os exemplares são em formato de bolso, com 12 páginas cada; a idéia era vendê-los no esquema "pága quanto quer", mas isso daria problemas com os pontos de venda, e viraria uma grande confusão, então adotei o valor simbólico de R$ 1,00, afim de arcar com os custos de produção, impressão e distribuição, e manter a publicação ativa, sem correr o risco de brecar novas edições por falta de verba, algo muito comum no cenário alternativo.


Vou postando mais informações nos próximos dias.


Na LUTA!
Adriano Pacianotto
  

quarta-feira, abril 20, 2011

Turnê e Clipe Novo da Lomba Raivosa!




Os brothers da Lomba Raivosa, uma das bandas punk mais legais dos últimos tempos, estão lançando o clipe da música "Acordei de Ressaca", do primeiro CD, "Puta Pegueira, Cacete!", filmado no boteco favorito da banda, o já famoso "Bar do Pedrão". A filmagem e edição ficam a cargo de Kaio Ramone (@KaioRamone) e o vídeo pode ser conferido aqui: http://www.youtube.com/watch?v=R64p7oxXoy8&hd=1

E esta semana tem início a turnê da banda Brasil afora, confiram no release abaixo.

Abraços a todos.

Na LUTA!
Adriano Pacinaotto


Lomba Raivosa! e Firstations apresentam: BUNGA-BUNGA Tour!




Em Abril e Maio deste ano rolará, nos estados de SP, MS, DF e PR a "Bunga-Bunga Tour", excursão insana que contará com as bandas Lomba Raivosa! (SP) e Firstations (DF), além de grupos locais.

Ambas as bandas aproveitarão a desgraceira para lançarem seus mais novos CDs, "Puta Pegueira, Cacete!" e "Judge Us For Nothing", respectivamente.

As datas do rolê regado a muito álcool são:

21/04/2011 – Barnal - Ilha Solteira/SP
22/04/2011 – Tribos Bar - Maringá/PR
23/04/2011 – Voodoo Bar - Campo Grande/MS
29/04/2011 – Cult 22 Rock Bar - Brasília/DF
30/04/2011 – Cia das Artes - Ceilândia/DF
01/05/2011 – Bar da Toinha - Samambaia/DF
13/05/2011 – Armazém da Cerveja - Jundiaí/SP
14/05/2011 – Hangar 110 - São Paulo/SP
15/05/2011 – Cidadão do Mundo - São Caetano do Sul/SP

Conheça mais sobre as malditas bandas, nos links abaixo:

http://www.myspace.com/firstations
http://twitter.com/firstations


Esperamos por todos vocês seja no show, pelados na sarjeta ou na rehab!


Valeu! ;)

terça-feira, abril 19, 2011

O CONCRETO JÁ RACHOU

Confiram a resenha do show da Plebe Rude na Virada Cultural, escrita pelo amigo Wlad Cruz e publicada no site ZonaPunk - Vejam as fotos por Daniel Salsicha: http://zonapunk.com.br/ver_res_show.php?id=833


Plebe Rude Na Virada Cultural
17/04/2011 - Palco Júlio Prestes - São Paulo/SP


Após a destruição e ressureição do palco Júlio Prestes, ao escaldante sol do meio-dia, a Plebe Rude tomou o palco dando ínicio ao melhor show da virada cultural e as apresentações de lançamento de seu aguardado DVD/CD ao vivo, "Rachando Concreto ao vivo em Brasília".


A Plebe é daquelas bandas que ainda são pertinentes, e neste show fizeram um verdadeiro ode ao punk, com direito a cover de "Medo" do Cólera, "Pátria Amada" dos Inocentes e intro de "Smash It Up" do The Damned.


Mas para brindar ao punk os quatro plebeus não precisam recorrer somente a menções a outros artistas, pois ali no palco, André X, Phillipe Seabra e Clemente Nascimento (também dos Inocentes) também tem sua enorme parcela de culpa na história do gênero no Brasil. Além dos três, Txotxa (ex-Maskavo Roots) fazia a bateria do dia de forma bem competente.


Poderia ficar aqui escrevendo por horas sobre a importância da Plebe na história do rock nacional, tratá-los como dinossauros do tal 'rock de Brasilia', mas ali eles provaram que são uma banda viva e estão em plena forma, como há muito tempo não se via.


A dinâmica das duas guitarras e vozes continua sendo o diferencial musical, uma interação entre Seabra e Clemente como a de Strummer e Jones nos melhores momentos do Clash, e juntos começaram o show com a dobradinha "O Que Se Faz" e "Brasília", a primeira do clássico "O Concreto Já Rachou" que viria a pautar o set-list.


"O Concreto...", o mini-LP (um corpo entranho entre o EP e o full-length), é um dos grandes marcos da música (de protesto) brasileira. Poucos discos tem os colhões que as sete faixas deste possuem, até hoje. Quantas bandas teriam a coragem de escrever o que fora escrito/cantado ali? Ainda mais em 1985? Um marco no rock de combate, de sempre.


O show seguiu com "Censura", "Bravo Mundo Novo" - com citação a "Soldados" da Legião Urbana, e chegando então a "A Minha Renda", a música mais atual do repertório Plebeu e que veio acompanhada dos comentários de Seabra do tipo: "Eu não sabia que havia civilização em São Paulo? Nós cobramos mil reais para o acesso no camarim", ou "Vocês não estão aqui pra pensar, estão aqui pra dançar", ou então puxar côro de "aeeee/clichê". Qualquer semelhança com o Restart é mera coincidência. Pena que quem deveria ouvir este tipo de letra/comentário não estava por lá.


O set continuou, com os covers já citados acima, "A Ida", "Johnny Vai a Guerra", "Sexo e Karatê", e claro, fechando com "Até Quando Esperar", sob a promessa: "Nós somos aquela banda de Brasília que nunca vai te decepcionar". Aposto que sim.


Enquanto a trégua não vem, eles continuam relevantes, uma das maiores bandas punk do Brasil, com o discurso certo, na hora certa, e algumas das melhores músicas já compostas nestas terras.


O maior e melhor show desta Virada Cultural paulista. Porque grandiosidade se faz ali, ao vivo no palco, não apenas de nome lendário. Valeu a pena aturar o sol, o cheiro de mijo, os mendigos malucos e tudo mais.


domingo, abril 17, 2011

Na Cidade de Ruas Limpas







É a ressaca de hoje que me lembra do "rolê" super bacana de ontem. Como São Paulo está em clima de "revirada cultural", e não tenho paciência pra aguentar a aglomeração de gente mal educada que junta nesses "circos" gratuitos, fui com a Dê neste sábado para São Caetano do Sul, a cidade vizinha que é modelo de organização e bem-estar, com suas ruas limpas e seus botecos agradáveis. Primeiro fomos à Estação Jovem, ao lado da estação de trem, para assistir aos shows de Jack's Revenge, Nene Altro & O Mal de Caim e Jair Naves, sentados no gramado artificial, reunidos com os amigos, ouvindo música de qualidade. O show do Jair merece destaque, foi absurdo, com suas letras confessionais, a voz que grita na alma, acompanhada pela performance a lá Ian Curtis epiléptico-frenético-insano, como não se vê muito por aí.

Do Estação seguimos para o Cidadão do Mundo, ONG que mantém um espaço para shows e reuniões artísticas à alguns quarteirões dali, para ver o Inside Shout, Total Terror DK e 88 Não. Adorei o espaço e a galera que organiza, e já estou me envolvendo por lá. Acho que agora o nosso querido sarau etílico vai ganhar uma sede a altura. 

Bom, agora tenho que ir pro Sattva 1 para mais um ZonaPunk Teenage Riot. Depois volto com a resenha completa dos shows e os relatos ainda esquecidos sobre andanças por São Caetano.  

Valeu a todos que estiveram comigo nessa "aventura".

Na LUTA!
Adriano Pacianotto       

sábado, abril 16, 2011

Já quase me esqueço de meus dias turbulentos




A gente tem que parar em algum momento da vida e rever os planos... Fiz um grande levante aqui, tirei tudo do lugar, me livrei de algumas tralhas e refiz meus mapas. Agora sei exatamente por onde ir...

Por enquanto deixo os dias se incumbirem das mudanças, e sigo por caminhos seguros, guiado pelos meus anseios de paz e amor profundo, rumo à vida que tanto sonhara.

Já quase me esqueço de meus dias turbulentos, os mais infelizes, os mais negros... mas, para que nunca mais caia nesses erros, sempre mergulho no inferno um pouco, e queimo em silêncio enquanto lembro.

Na LUTA!
Adriano Pacianotto

sexta-feira, abril 08, 2011

ROCK NA VITRINE - SÁBADO, 09/04




Amanhã tem show de graça na Galeria Olido, no centro de São Paulo, à partir das 18hs.

Rola o pós punk do Nene Altro & O Mal de Caim, e a garotada do novo rock independente,  Jack's Revenge e Color For Shane. Estarei por lá para conferir tudo. Fica a dica.

Confira o cartaz proibido para menores aqui (rs): http://agendapacianotto.blogspot.com/

Serviço:
Rock Na Vitrine (Na vitrine de Dança da Galeria Olido)
Entrada: Grátis
Início: pontualmente às 18hs
Endereço: Av. São João, 473 - Centro - S. Paulo - SP
Na LUTA!
Adriano Pacianotto

"Aqui no Brasil Ninguém Sabe Cantar"



Mexendo no "arquivo morto" aqui em casa, encontrei minha coleção de revistas BIZZ. Estava atrás de uma matéria sobre o Nelson Gonçalves, O Iggy Pop Brasileiro, mas não achei ainda, no entanto encontrei outra, do Tim Maia, de quem sou fã incondicional. A matéria é de outubro de 1985, Tim Maia ainda estava vivo e seu discurso bastante afiado, que para mim ainda soa mais punk que Sex Pistols.

Obs.: No texto diz que entre os anos de 1974 e 1976 Tim Maia ficou parado, porém, em 1975 foi lançado o LP "Racional", o cult album de Tim, totalmente voltado à filosofia Universo em Desencanto.

Segue abaixo, na íntegra, a matéria por Antonio Carlos Miguel.

Na LUTA!
Adriano Pacianotto


TIM MAIA
"AQUI NO BRASIL NINGUÉM SABE CANTAR" 

Qualquer que seja a onda, Tim Maia está lá, sempre nas paradas. Agora é a vez de "Leva", uma das faixas de seu novo álbum editado pela RCA. Aos 42 anos, Sebastião Rodrigues Mais está na estrada desde 1957, quando formou o grupo The Sputniks, que contava também com dois ilustres desconhecidos, Erasmo e Roberto Carlos. É Tim Maia quem lembra:"Só que eu nunca fui da Jovem Guarda e quando eu chegava perto eles diziam: 'Ih, lá vem o Tião Maconheiro'. E saía todo mundo fora. Mas, graças a Deus, esta caretice já está terminando. O Erasmo, eu ensinei a tocar violão e o Jorge Ben era meu fã. O Roberto Carlos também passou pela minha escolinha quando veio lá de Cachoeiro do Itapemirim. Ele cantava como o Tito Madi e o João Gilberto".  
Quando a Jovem Guarda estourou, Tim Maia estava longe. Ele passou cinco anos nos Estados Unidos, na década de 60. E, se já curtia o rock'n'roll básico, voltou impregnado da soul music. Em 1970, veio o primeiro sucesso - através de Elis Regina que gravou a música "These Are The Songs". Na sequência, irresistíveis "soul-samba-canções" como "Primavera", "Azul da Cor do Mar", "Gostava Tanto de Você" e o forró "Coroné Antônio Bento" conquistaram o Brasil.
Tim ficou parado dois anos, de 74 a 76, ligado à religião Universo em Desencanto. E voltou livre de qualquer crença ou ideologia. Desde então, tem entrado e saído de gravadoras, mas seu público o acompanha. Ele tem curtido e dá força ao rock que invadiu a MPB: "Os bossanoveiros estão grilados agora, e vão grilar ainda mais com esta rapaziada nova, este pessoal doidão aí... RPM, Ultrage, Cinema a Dois... Esses sim é que vão arrepiar. Nós, eu, Erasmo, Roberto, Gil, Caetano, só começamos, mas agora é que é para valer..."
Elogiado por sua visceral participação em "Chega de Mágoa", Tim não vê muita vantagem  nisso: "Aqui ninguém sabe cantar. Tem que chamar um negrão americano e levar às gravadoras para ensinar toda essa gente. Mas o lance do Nordeste foi legal, pela ajuda e por ter unido todos nós. O artista brasileiro tá muito pomposo, tem que ter mais coleguismo, união e mais inteligência". 
Tim vem tocando com a banda Vitória Régia (também o nome de sua gravadora) nas periferias do Rio e São Paulo: "Minha banda é como a minha família, uma família danada, de pretos, mulatos, sararás, miolos, nego-aço... Meus shows são para black aqui, black ali, em clubes humildes, pro povo mesmo. Nunca ataquei em Canecão, Palace, mas gostaria de fazer um Parque Laje (no Rio), por exemplo. Nunca fui convidado, o pessoal tem o maior medo de me contratar. Fica essa fama de irresponsável, mas eu sou tão irresponsável que tenho uma gravadora e uma editora"

Fonte: Revista Bizz - Editora Abril - Ano 1 - nº 3 - Outubro de 1985

quarta-feira, abril 06, 2011

Resenha - The Concept no Verão Revolução




THE CONCEPT - FESTIVAL VERÃO REVOLUÇÃO 2011 - 29/01/2011 - SATTVA BORDÔ - SÃO PAULO/SP

(por Adriano Pacianotto)

Conheci o The Concept através do fanzine Rock Underground, que era editado pelo Júlio César Bocáter, em 1997, do qual eu era colaborador, e com essas palavras tive meu primeiro contato com a banda:

(...) "para se escutar no frio, com o tempo nublado, como eu escutei e curti. Tem influências de rock gótico e guitar bands como Stone Roses, e guitarras com riffs de Jesus & Mary Chain e Joy Division" (...)

E foi o que fiz, escutei num dia frio e nublado e curti; depois pude conferí-los ao vivo no extinto Alternative Vídeo Bar. Desde então mantenho uma relação de admiração e amizade com esses verdadeiros heróis do rock independente.

Para mim sua participação no festival Verão Revolução 2011 foi de extrema importância; trazer esse antigo formato musical aos ouvidos da nova geração, que pouco (ou nenhum) contato teve com o cenário dos anos 90, foi uma experiência única para a garotada presente, sem falar no público mais velho, de saudosistas como eu, que assistiram a mais um show inesquecível.

Por volta das 20hs, de óculos escuros e cabisbaixos, ao melhor estilo shoegazer, abriram com "Lost Intro", envolvendo a platéia numa intensa névoa de guitarras e distorções, que foi crescendo, crescendo e mergulhando a todos num transe hipnótico, que aos poucos foi se transformando em entusiasmo.

No set list, "Voices That I Don't Listen", "When It Finish, Everything Is Gonna Start", "Sad Walk", "This Is My History", "Reconstruction", "Ceremony", do Joy Division, executada com maestria, "No... I'm A Junkie", "All These Words" e "Truth Telegram", mostraram toda a experiência desses 17 nos de estrada, e mais que tudo, que a alma da banda ainda ferve em intensidade e rebeldia.

Dizer que me lembro exatamente de tudo seria hipocrisia, havia álcool e trabalho misturados, mas sei que vi um grande show de uma grande banda, em plena forma e harmonia, que sobreviveu aos altos e baixos da cena underground, e se manteve fiel a sua sonoridade e seus ideais de independência. Por isso digo, sem dúvidas, que o The Concept configura entre as melhores e mais importantes bandas do cenário nacional.

E enquanto escrevia esta resenha, "The Very Best of Junkie Years" fazia a trilha, num dia frio e nublado, como de costume.

terça-feira, abril 05, 2011

Bukowski na Terra da Garoa

Meu novo conto está em stand by, pura falta de tempo para revisar e, enfim, publicar aqui. Acho que consigo fazer isso em algum momento da próxima madrugada. E meus zines de bolso começam a circular pelo underground paulistano nos próximos dias.

Não tem texto meu hoje, mas tem Plínio Marcos, um dos primeiros escritores e dramaturgos a retratar a vida dos submundos de São Paulo.



BARRELA

Primeira peça de Plínio Marcos, Barrela (1958) é baseada em uma história verídica, acontecida com um rapaz na cidade de Santos, no litoral paulista. Preso por uma briga de pequenas proporções, o rapaz foi estuprado por companheiros de cela. Solto, dois dias depois, jurou vingança e matou quatro dos presos que participaram da ação. Chocado ao ouvir o relato, Plínio Marcos decidiu contar a história em forma de diálogo, imaginando situações ocorridas antes, durante e depois do episódio do estupro.

Leia a peça completa:


Na LUTA!
Adriano Pacianotto

sábado, abril 02, 2011

Naquele tempo se falava "dark"




Desenterrei uma das minhas bandas nacionais prediletas, a SMACK. Até tive uma camiseta pintada a mão, lá no comecinho dos anos 90, eu acho, com a capa do "Noite e Dia", tosca, rasgada, e a única que perambulava pelo Espaço Retrô. Recomendo muito!


DESAFINADO
(Música: Smack / Letra: Pamps)

Tudo que me cerca
Raros seres, objetos
Signos de errada nobreza
Que agem enganando o tempo
O tempo...

Espaço, cores e formas
Que ora pertencem ao passado
Ora delineiam o futuro
Em busca de incerto prazer
Prazer

Solidão me atrai
Solidão me aflige
Amor, meta secular
Sempre me encontra sonhando
Sonhando




RELEASE: 

SMACK é, talvez, a banda mais cult saída do pós-punk paulista nos anos 80. A pauleira concisa, as letras e vocais dilacerantes, as guitarras estridentes e afiadas, o ritmo pulsante e gorgulhante de veia aorta aberta por cortes de uma navalha anfetaminada e a química entre os músicos. Tudo isso esteve ali, nos raros shows que o quarteto fez entre 84 e 86, todos no underground de São Paulo – exceto um único show no interior, em Rio Claro, junto com o Ira!.
O grupo, formado por Pamps (vocais, guitarra), Edgard Scandurra (guitarra, vocais), Sandra Coutinho (baixo, vocais) e Thomas Pappon (bateria), lançou dois álbuns e sumiu por vários anos. Recentemente tem voltado aos palcos, é um dos destaques da coletânea "The Sexual Life of the Savages – Underground Post-Punk From São Paulo", lançada pelo selo britânico Soul Jazz, em 2005, e está em fase de produção de um álbum de músicas inéditas.



Na LUTA! 
Adriano Pacianotto
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