quarta-feira, abril 06, 2011

Resenha - The Concept no Verão Revolução




THE CONCEPT - FESTIVAL VERÃO REVOLUÇÃO 2011 - 29/01/2011 - SATTVA BORDÔ - SÃO PAULO/SP

(por Adriano Pacianotto)

Conheci o The Concept através do fanzine Rock Underground, que era editado pelo Júlio César Bocáter, em 1997, do qual eu era colaborador, e com essas palavras tive meu primeiro contato com a banda:

(...) "para se escutar no frio, com o tempo nublado, como eu escutei e curti. Tem influências de rock gótico e guitar bands como Stone Roses, e guitarras com riffs de Jesus & Mary Chain e Joy Division" (...)

E foi o que fiz, escutei num dia frio e nublado e curti; depois pude conferí-los ao vivo no extinto Alternative Vídeo Bar. Desde então mantenho uma relação de admiração e amizade com esses verdadeiros heróis do rock independente.

Para mim sua participação no festival Verão Revolução 2011 foi de extrema importância; trazer esse antigo formato musical aos ouvidos da nova geração, que pouco (ou nenhum) contato teve com o cenário dos anos 90, foi uma experiência única para a garotada presente, sem falar no público mais velho, de saudosistas como eu, que assistiram a mais um show inesquecível.

Por volta das 20hs, de óculos escuros e cabisbaixos, ao melhor estilo shoegazer, abriram com "Lost Intro", envolvendo a platéia numa intensa névoa de guitarras e distorções, que foi crescendo, crescendo e mergulhando a todos num transe hipnótico, que aos poucos foi se transformando em entusiasmo.

No set list, "Voices That I Don't Listen", "When It Finish, Everything Is Gonna Start", "Sad Walk", "This Is My History", "Reconstruction", "Ceremony", do Joy Division, executada com maestria, "No... I'm A Junkie", "All These Words" e "Truth Telegram", mostraram toda a experiência desses 17 nos de estrada, e mais que tudo, que a alma da banda ainda ferve em intensidade e rebeldia.

Dizer que me lembro exatamente de tudo seria hipocrisia, havia álcool e trabalho misturados, mas sei que vi um grande show de uma grande banda, em plena forma e harmonia, que sobreviveu aos altos e baixos da cena underground, e se manteve fiel a sua sonoridade e seus ideais de independência. Por isso digo, sem dúvidas, que o The Concept configura entre as melhores e mais importantes bandas do cenário nacional.

E enquanto escrevia esta resenha, "The Very Best of Junkie Years" fazia a trilha, num dia frio e nublado, como de costume.

2 comentários:

Rynaldo Papoy disse...

Parabéns pelo blog, Adriano.

ian disse...

The Concept agradece de coração pelas palavras aqui escritas...

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