quinta-feira, julho 28, 2016

A elaboração e possível explicação do poema


Alvaro Alves de Faria

Caio dentro do poema
como um pássaro ou um raio,
e faço progredir a espiral do ritmo,
e o poema cresce como uma flor noturna,
expectativa e instante,
imagem e dúvida.

quinta-feira, julho 21, 2016

Um Sussurro Nas Trevas



(...) Ouvi falar da Pedra Negra e do que ela implicava, sentindo-me contente por não a ter recebido. Meus palpites sobre aqueles hieróglifos tinham sido bastante acertados! No entanto, Akeley parecia agora reconciliado com todo o demoníaco sistema com que se defrontara; reconciliado e ansioso por sondar ainda mais profundamente o abismo monstruoso. Eu estava a imaginar com que seres ele haveria conversado desde sua última carta e se muitos deles seriam tão humanos quanto aquele primeiro emissário que ele havia mencionado. A tensão em meu cérebro tornava-se insuportável e pus-me a elaborar toda sorte de teorias delirantes sobre aquele curioso e persistente odor e aquelas insidiosas insinuações de vibração no cômodo escurecido.

terça-feira, julho 19, 2016

Fotos: Penha Rock - Tiquatira - 17/07/2016



Mais um domingo de sol e rock'n'roll no Parque Tiquatira. Como sempre a união fez a força e a colaboração mútua entre Penha Rock, Subprefeitura Penha, Coletivo ResgaT, Stardust Rock Store, Feira de Artesanato do Tiquatira, Studio Antonio's e as bandas No Fun e Nostalgia Sinestésica possibilitou que levássemos gratuitamente ao público mais um evento de boa música. 

Segue um pequeno registro fotográfico.

Obrigado a todos que embarcaram nessa!

Abraços e até o próximo!

Adriano Pacianotto/ Penha Rock    

quinta-feira, julho 14, 2016

Muita comemoração pra pouco rock'n'roll



Ontem foi o Dia Mundial do Rock, e tudo que vi foi uma exaltação vazia de felicidade, comportada e obediente, num reles protocolo de data comercial. Não vi, dadas raríssimas exceções, nenhuma crítica, nenhuma atitude, nada fora da caixinha. Na minha humilde opinião, nada temos a comemorar, o rock está um saco, repetitivo e descartável (e faz tempo). Há atualmente algumas ótimas bandas no cenário independente nacional e internacional, mas são pouquíssimas diante da enxurrada de merda sonora rolando por aí. Falando especificamente do Brasil, há menos ainda a se comemorar, visto que temos um cenário musical medíocre, cheio de ego e pouco talento, e ainda por cima com um público que não valoriza a verdadeira essência do rock'n'roll, que se assusta com tudo que foge à sua estreita compreensão. Vamos comemorar o quê? Que no Brasil, por exemplo, se paga caríssimo num ingresso de parquinho de diversões enquanto os independentes permanecem marginalizados porque não estão na Globo? Não há o que comemorar. Rock é atitude, mas só restou pose e cartilha de tiozão. É preciso incendiar novamente o mundo! Mas me parece que os roqueirinhos de hoje estão com medo da mamãe.

Aqui todo dia é dia do rock, faz parte do meu trabalho, da minha rotina, e realmente não entendo toda essa exaltação por um moribundo que se depender de seu próprio público não vai servir nem pra adubo. Não devemos comemorar, mas sim refletir e lutar para reverter essa triste situação. Mas infelizmente me parece que a coisa tem que piorar ainda mais para que o rock acorde e reassuma a sua verdadeira função. Nos resta o underground, a marginalidade e todas as restrições. Nos resta o amor ao verdadeiro rock'n'roll, mesmo que em poucos corações.  

Na LUTA!
Adriano Pacianotto

quarta-feira, julho 06, 2016

Ninguém



(Poema de Roberto Lessa, do livro "Pastor de Estrêlas" - São Paulo, 1963)

Pela estrada da vida vão correndo
Os corações - uns pretos outros brancos -
Mas eu, sentado à beira dos barrancos,
Fico olhando o cortêjo se movendo.

Uns vão sorrindo os outros vão sofrendo, 
Uns devagar os outros aos arrancos.
Mas eu, nos meus improvisados bancos,
Apenas olho a procissão morrendo.

E à margem dos caminhos hoje estou,
Sem a cabeça levantar sequer.
Não sigo êsse cortêjo que passou,

E nem seguir a procissão quisera:
Não tenho rumo pois ninguém me quer,
Não tenho pressa pois ninguém me espera.

Documentário registra a passagem da banda Jack's Revenge pela cena paulista



A Jack's Revenge foi uma banda de Diadema, Grande São Paulo, que acompanhei desde 2010 e com quem tive a oportunidade de trabalhar. Mais que uma banda, são amigos muito queridos.

A Vingança de Jack cumpriu seu papel e seus remanescentes fundaram a Versus Mare, que segue forte, gravando e tocando por aí.

Em 2013 um pequeno documentário, do qual tive o prazer de participar, registrou oficialmente a passagem da banda pelo underground paulista. Vale conferir.

Para assistir acesse: www.youtube.com/watch?v=Q2zJkEclab8

Go, Jack, Go!

NA LUTA!
Adriano Pacianotto



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