terça-feira, novembro 15, 2011

INTERZONE FEST 2




Saiu o cartaz da segunda edição do Interzone Fest, feito a mão com letrinhas recortadas e coladas sobre sulfite tosco e sujo de tinta. Sim, é pra ser anticomercial mesmo.

A programação completa e links das bandas estão aqui: http://adrianopacianotto.blogspot.com/2011/11/interzone-fest-2.html

Na LUTA!
Adriano Pacianotto

sexta-feira, novembro 11, 2011

O Blog Recomenda

Seguem as dicas de festas e shows do fim de semana. Tem comemoração de um ano da festa "dark" Carbono Alternativo, Tributo ao Redson do Cólera e um fim de semana com muito punk rock no Hangar 110, com shows de Garotos Podre e Ratos De Porão. Música boa faz bem aos ouvidos e mantém o cérebro ativo.










NA LUTA!
Adriano Pacianotto

sábado, novembro 05, 2011

A Reabertura do Madame Satã


Cartaz roubado numa das poucas vezes que estive no verdadeiro Madame Satã, nos seus últimos tempos de vida.


Depois de um bom tempo trabalhando "off line", colocando a vida e a saúde em ordem, finalmente voltei a ativa. Havia decidido me afastar da produção de eventos por uns tempos, porém, trago comigo uma ideologia muito forte e inabalável, que tem como único propósito manter viva a verdadeira essência da cena underground, e minha ausência havia deixado algumas portas abertas e, obviamente, velhos calhordas resolveram aproveitar a brecha pra tentar entrar e fazer o que sabem de melhor: extorquir, enganar, produzir tudo que de mais baixo nível for possível e pendurar melancia no pescoço pra aparecer. Mas me parece que muita gente boa está voltando, e falo da cena em geral: do punk, do hardcore, do gótico... e sinto um forte cheiro de tempos prósperos...

Uma das melhores notícias que recebi foi a da reabertura do Madame Satã "original", sob o comando do pessoal da DJ Club, em especial do velho conhecido DJ Gé Rodrigues, que discotecou por lá nos idos de 85/86. Pra quem não conhece a história, vou dar uma breve explicação: o verdadeiro Madame Satã funcionou do início dos anos 80 ao início dos 90, no clássico casarão do Bixiga, e foi, sem sombra de dúvida, a casa mais importante de todos os tempos, e até eu, que não sou dos mais novinhos, pisei lá pouquíssimas vezes, bem no finalzinho, já na fase decadente, que mesmo assim dava de mil em tudo que foi feito por ali posteriormente. Aprendi a discotecar com o Fausi e o Cezinha, que eram DJs residentes de lá e moravam pertinho de casa, e também formei o grupo performático Pesadelo Químico com membros remanescentes do Faces et Persona, grupo que se apresentava exclusivamente no Satã. Meu convívio tão próximo com a equipe da casa me fez conhecer cada história, cada lenda, cada música e cada banda que passou por aquele casarão, por isso sempre me posicionei tão contrariamente à fase "night club".

Acontece que depois do fechamento, outras administrações passaram pelo imóvel e foram deturpando a coisa, até chegarem ao ápice de calhordice se apropriando do nome, que foi queimado por conta da péssima qualidade das bebidas e da estrutura, do atendimento austero e da discotecagem medíocre, calcada numa mesmice de hits manjados sem tamanho. Sem falar que todas as vezes que tentei levar bandas independentes para se apresentarem na casa (trabalho que faço desde que me entendo por gente) sempre ouvia um NÃO e a frase "banda dá muito trabalho e não dá dinheiro, aqui não toca". Nojento e desrespeitoso, no mínimo. Aliás, esse madame fake nem estrutura pra bandas tinha, e não passou de uma mancha escura no cenário underground paulistano. O lugar que foi ícone da vanguarda alternativa de São Paulo estava relegado a um mero espaço para encher a cara e compartilhar doenças venéreas debaixo da escada ou na "darkruim" imunda, e nem preciso dizer que durante esse período devo ter pisado lá uma meia dúzia de vezes, ou menos, sendo 2 delas para discotecar em troca de dinheiro, porque era o meu trabalho e eu não estava em tempos de recusar cachê.

Vale lembrar que essa administração corrupta que utilizou-se imoralmente do nome, também vendeu um festival imaginário recentemente, chamado Madame Satã Fest, que não aconteceu (ÓBVIO) e não devolveu o dinheiro dos ingressos antecipados, tendo se tornado um dos maiores golpes de estelionato ocorridos no nosso cenário, simplesmente vergonhoso.

Apoio totalmente essa reabertura, assim como outros muitos que aguentaram engasgados a palhaçada satânica do "Sr Maurício Pernas Pra Quem Te Quero" e sua corja de vampiros rs. Assistam o vídeo que  mostra e explica o que vai ser feito para a reabertura: http://zp.blog.br/?m=news&id=17105

E conforme eu for sabendo mais, vou publicando aqui.

Abraços.

Na LUTA!
Adriano Pacianotto

sexta-feira, novembro 04, 2011

O Blog Recomenda




Vamos aos cartazes de festas e shows deste fim de semana, lembrando que não recomendo nenhum show que se utilize de artifícios escusos como venda obrigatória de ingressos ou qualquer tipo de cobrança de propina em troca de espaço. Também não recomendo, em hipótese alguma, festas produzidas por aproveitadores ou comandadas por gente sem qualquer compromisso com a cena underground nacional. Do it yourself! 








NA LUTA!
Adriano Pacianotto

quarta-feira, novembro 02, 2011

Interzone Fest 2



Saiu a programação da 2ª edição do festival mais esquisito do cenário rs. Assim que o cartaz ficar pronto publico aqui e falo um pouco mais sobre a proposta anticomercial dessa empreitada. À LUTA!!!


INTERZONE FEST #2

Sábado, 17/12/11 – 17h às 23h


Shows:

MAGIC CRAYON


BAUDELAIRE


O GRANDE OGRO
http://tramavirtual.uol.com.br/vergaser


CABARET METRO


JACK'S REVENGE


NESSUNO E OS CÃES DE PAVLOV


INTERLUDE – THE CURE TRIBUTE


Entrada R$ 15,00 (R$ 5,00 consumíveis)
Feira alternativa e exposição de material independente.
Local
Sattva Bordô – Pça Roosevelt, 82 – São Paulo – SP
Inf.: (11) 6574 7041
Organização: Adriano Pacianotto 

A Fama é Fabricada




A fama é fabricada. Tem cartilha pronta. Custa mensalidade e muito jabá. Tem que ter van, adesivo, camiseta, faixa, groupie, figurino, cabelinho, pulinho no palco, pezinho pro alto e pose pra foto. Mas e o som? Aquele tal de “róqui”? Esse, dizem, anda mal das pernas. Será?

Há algumas semanas recebi um telefonema do Nenê Altro me convidando a escrever uma coluna para o seu novo zine, PEST. Foi tudo muito rápido, pra entregar no mesmo dia, e eu não tinha ideia do que escrever, então lembrei que tinha guardado alguns rabiscos sobre "a fama fabricada", um texto sobre esse modelo de produção artística e executiva (muito manjado no mainstream) que tomou indiscriminadamente o cenário underground, e que tem como único propósito usar nossa cena com laboratório para moldar bandas enlatadas que querem ser a “nova sensação” da “eMoTV”. Nada contra, desde que cada um fique no seu quadrado. Achei apropriado escrever sobre o assunto, pois a publicação tem grande abrangência na cena independente e é uma forma de alertar a garotada que tem (ou terá) banda, sobre os perigos que os rondam. Entendam que gente que vende fama fácil é perigosa, por isso é IMPORTANTÍSSIMO buscar referências sobre esse ou aquele produtor. Tem gente que pode te levar ao topo (se sua banda de “rock” for algo como Fresno, Restart ou Sandy), gente que pode te lançar e assessorar no underground (se sua banda for boa e tiver atitude), e gente que pode te foder  (se você for um otário). Por isso repito: busquem referências com os mais velhos, gente podre tem histórico podre, é só sair perguntando que o cheiro vem à tona, e sabemos muito bem que, de tempos em tempos, velhos ratos tentam retornar à cena, com a mesma ladainha, buscando bandas inexperientes para extorquir e contando com a memória curta da “velha guarda”.    

Não vou disponibilizar o artigo aqui por uma questão óbvia: fanzine impresso é pra se ler impresso! Quem se interessar que se coce, busque seu exemplar na Galeria do Rock, na loja 255, pegue comigo ou com o próprio Nenê, que também tem esquema de envio por correio para todo o Brasil, é só entrar em contato com ele através do blog nenealtro.wordpress.com e se informar, o conteúdo geral do zine vale muito a pena.

Serviço:
Pest Zine, formato tabloide, 12 páginas, 5000 exemplares.


Na LUTA!
Adriano Pacianotto

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