A fama é fabricada. Tem cartilha pronta. Custa mensalidade e muito jabá. Tem que ter van, adesivo, camiseta, faixa, groupie, figurino, cabelinho, pulinho no palco, pezinho pro alto e pose pra foto. Mas e o som? Aquele tal de “róqui”? Esse, dizem, anda mal das pernas. Será?
Há algumas semanas recebi um telefonema do Nenê Altro me convidando a escrever uma coluna para o seu novo zine, PEST. Foi tudo muito rápido, pra entregar no mesmo dia, e eu não tinha ideia do que escrever, então lembrei que tinha guardado alguns rabiscos sobre "a fama fabricada", um texto sobre esse modelo de produção artística e executiva (muito manjado no mainstream) que tomou indiscriminadamente o cenário underground, e que tem como único propósito usar nossa cena com laboratório para moldar bandas enlatadas que querem ser a “nova sensação” da “eMoTV”. Nada contra, desde que cada um fique no seu quadrado. Achei apropriado escrever sobre o assunto, pois a publicação tem grande abrangência na cena independente e é uma forma de alertar a garotada que tem (ou terá) banda, sobre os perigos que os rondam. Entendam que gente que vende fama fácil é perigosa, por isso é IMPORTANTÍSSIMO buscar referências sobre esse ou aquele produtor. Tem gente que pode te levar ao topo (se sua banda de “rock” for algo como Fresno, Restart ou Sandy), gente que pode te lançar e assessorar no underground (se sua banda for boa e tiver atitude), e gente que pode te foder (se você for um otário). Por isso repito: busquem referências com os mais velhos, gente podre tem histórico podre, é só sair perguntando que o cheiro vem à tona, e sabemos muito bem que, de tempos em tempos, velhos ratos tentam retornar à cena, com a mesma ladainha, buscando bandas inexperientes para extorquir e contando com a memória curta da “velha guarda”.
Não vou disponibilizar o artigo aqui por uma questão óbvia: fanzine impresso é pra se ler impresso! Quem se interessar que se coce, busque seu exemplar na Galeria do Rock, na loja 255, pegue comigo ou com o próprio Nenê, que também tem esquema de envio por correio para todo o Brasil, é só entrar em contato com ele através do blog nenealtro.wordpress.com e se informar, o conteúdo geral do zine vale muito a pena.
Serviço:
Pest Zine, formato tabloide, 12 páginas, 5000 exemplares.
Na LUTA!
Adriano Pacianotto
0 comentários:
Postar um comentário