sábado, abril 02, 2011

Naquele tempo se falava "dark"




Desenterrei uma das minhas bandas nacionais prediletas, a SMACK. Até tive uma camiseta pintada a mão, lá no comecinho dos anos 90, eu acho, com a capa do "Noite e Dia", tosca, rasgada, e a única que perambulava pelo Espaço Retrô. Recomendo muito!


DESAFINADO
(Música: Smack / Letra: Pamps)

Tudo que me cerca
Raros seres, objetos
Signos de errada nobreza
Que agem enganando o tempo
O tempo...

Espaço, cores e formas
Que ora pertencem ao passado
Ora delineiam o futuro
Em busca de incerto prazer
Prazer

Solidão me atrai
Solidão me aflige
Amor, meta secular
Sempre me encontra sonhando
Sonhando




RELEASE: 

SMACK é, talvez, a banda mais cult saída do pós-punk paulista nos anos 80. A pauleira concisa, as letras e vocais dilacerantes, as guitarras estridentes e afiadas, o ritmo pulsante e gorgulhante de veia aorta aberta por cortes de uma navalha anfetaminada e a química entre os músicos. Tudo isso esteve ali, nos raros shows que o quarteto fez entre 84 e 86, todos no underground de São Paulo – exceto um único show no interior, em Rio Claro, junto com o Ira!.
O grupo, formado por Pamps (vocais, guitarra), Edgard Scandurra (guitarra, vocais), Sandra Coutinho (baixo, vocais) e Thomas Pappon (bateria), lançou dois álbuns e sumiu por vários anos. Recentemente tem voltado aos palcos, é um dos destaques da coletânea "The Sexual Life of the Savages – Underground Post-Punk From São Paulo", lançada pelo selo britânico Soul Jazz, em 2005, e está em fase de produção de um álbum de músicas inéditas.



Na LUTA! 
Adriano Pacianotto

1 comentários:

Hans Trier disse...

Pacianotto, você é um verdadeiro coveiro! (rs)

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