quarta-feira, junho 24, 2009

Depeche Mode e New Order nesta sexta




Na próxima sexta rolam 2 especiais de peso no Aeroflith, um do Depeche Mode e um do New Order.

A programção e flyer da festa estão em http://www.fotolog.com/aeroflith
E quem enviar nome completo para o email oitentacoes@yahoo.com.br ganha entrada VIP até a 1h.
Abaixo dois sets feitos em casa, a título de curtição, embora algumas dessas músicas, certamente, não irão faltar na pista.
Depeche Mode:
1. New Life
2. Shake the Disease
3. Black Celebration
4.Master and Servant
5. Never Let Me Down Again
6. Personal Jesus
7. Enjoy The Silence
8. In Your Room
9. It's No Good
10. Precious
New Order
1. Ceremony
2. Dreams Never End
3. Everything's Gone Green
4. Love Vigilantes
5. State of Nation
6. Bizarre Love Triangle
8. Perfect Kiss
9. Blue Monday
10. Fine Time
Na LUTA
Adriano Pacianotto

terça-feira, junho 23, 2009

Pães de Queijo Alucinógenos



Após um sábado longo, com show no Vitrola à tarde, uma briguinha básica daquelas de acabar com a festa, comigo, é claro, e uma noite de discotecagem regada a água mineral e refrigerante, fui parar no Bar do China, para o café da manhã.

Pleno domingo, pós balada, às 7hs, comendo pães de queijo alucinógenos. Pois é, tenho certeza que a chinesa do bar, que não deixa fazer nada e fica ralhando o tempo todo dizendo que isso e aquilo não pode, coloca maconha no recheio e anfetamina no café.

O resultado foi uma alucinação coletiva, e olha que nem chegamos perto das sarfinhas agonizantes que moravam na estufa, as quais, tenho certeza absoluta, são mil vezes mais radioativas que o Césio 137.
Com nossa percepção aguçada começamos a descobrir inúmeros mistérios que nunca vão mudar em nada a vida de ninguém, tampouco contribuirão com a evolução da nossa espécie ou qualquer melhora em nossa medíocre sociedade, mas nos renderamboas risadas.
Descobrimos que os góticos do Aeroflith viram pombos quando a balada acaba. Que quando se mata pombos quando criança o "Senhor Pombal" vem se vingar de nós, e ele é um pombo de 2 metros de altura, que fála, e mora no sótão de um amigo meu. Também descobrimos que os pombos usam binóculos para observar os humanos, e estão planejando dominar o mundo. Outra importante descoberta é que a CET não multa banco de areia estacionado em local proibido. Só não descobrimos quem é o China, só estava a mulher dele, que acho que é coreana, enfim...

O melhor de tudo é a descobrir que encontramos as coisas quando não procuramos. Que amor é algo mágico que pode acontecer a qualquer instante. E que se pode ficar dias seguidos pensando em alguém sem saber o porquê.

Também descobri que árvores se escreve com três "R" e dois "S", taurinos se atraem, e olhares podem ser doces ainda, mesmo depois de muito acreditar que a vida é amarga.

O próximo passo é comer as sardinhas agonizantes e descobrir quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha.

Afe, socorro de mim!
Fui!
Na LUTA
Adriano Pacianotto

quinta-feira, junho 18, 2009

Canções para doer na alma



Sem muito tempo para postar hoje, resolvi fazer um Top 5 com vídeos para assistir no escuro, amargando lembranças e cortando os pulsos rs



Dead Can Dance - Yulunga


Miranda Sex Garden - Gush Forth My Tears


Cocteau twins - Carolyn's Fingers


Slowdive - Spanish Air live 1992


Cranes - Beautiful Friend



Na LUTA!

Adriano Pacianotto

quarta-feira, junho 17, 2009

REVOLUÇÃO, MINHA GRANDE UTOPIA!


Cansaço é pouco para definir meu estado pós feriado. A correria começou na quarta, na segunda ediçãodo Código Morrissey, e terminou só no domingo, no Clube Outs.

O C.M. foi uma festa longa, das 20h às 5h, com show de abertura da banda Discophone, e depois uma pista comandada pelos DJs Bruno R., PH e eu, onde a bebedeira, o rock 'n' roll e a perdição se encontraram e firmaram compromisso. E apesar do dilúvio que caiu sobre São Paulo, o público compareceu em peso. Ufa!
As fotos da festa estão no meu Orkut
Na quinta a balbúrdia foi no Clube Outs, no torneio de bandas da Sick Mind / Zona Punk, e lá estava eu para cuidar do desenrolar das 9 bandas participantes. Nada além do convencional, nenhuma banda surpreendente, e a única coisa atenuante foi minha dor de cabeça insuportável ao final de tudo.
Na sexta e no sábado discotecagem no Aeroflith, longas coversas de negócios e, incrivelmente, poucas cervejas.
No domingo, após 3 horas de sono apenas, lá vou eu novamente pro Outs, pra segunda edição dotorneio de bandas.
Chegar na Rua Augusta foi um custo por conta da Parada Gay, que, convenhamos, de conscientização não tem porra nenhuma, não passa de mais uma aglomeração de gente mal educada se embebedando, brigando e "noiando", sem falar no transtorno pra quem necessita transitar pela região para fazer algo de útil.
Nesta terra deveria ser proibido qualquer tipo de evento gratuito a céu aberto, o povinho daqui não é preparado pra esse tipo de manifestação, falta séculos luz em educação e capacidade de organização em massa. Sem contar a prefeiturazinha de merda que nós temos.
E eu ainda me atrevo a acreditar em revolução nesse paiseco onde o povo tem mais é que se foder mesmo.
Enfim, terminado o interminável, cheguei em casa, tomei um banho e apaguei até as 3 da tarde de segunda feira.
Agora, ainda cansado por conta da jornada excessiva de trabalho e de uma resfriado que nem fode nem sai de cima, começo a organizar as coisas. Será uma semana longa e atarefada, porque esse é o resultado final desses intermináveis feriados que se sucedem nesta terra de vagabundo. Pra mim o trabalho dobra e o lucro cai, como é para todo o país, mas o "zé povinho" gosta dessa baderna, aceita o pão e o circo de bom grado, e alimenta o sistema "canibalista" que o devora, sem perceber, embriagado na pura ignorância, e infinitamente culpado pela própria tragédia.

Revolução no Brasil é a puta que o pariu!!! Aqui, primeiro, tem que convencer o povinho a trabalhar e adquirir conhecimento, e isso, meus caros leitores, acho totalmente impossível, porque aqui é terra de bunda, pinga e futebol, cultura é algo isolado, que na "cabecinha" da massa existe somente na "zuropa". Quer maior prova que a palhaçada na Paulista de domingo agora? Tá, tem coisa pior: final de campeonato de futebol e Carnaval!
Na LUTA!
Adriano Pacianotto

sexta-feira, junho 12, 2009

"Os loucos vem ao mundo para confundir os sábios"


"Os loucos vem ao mundo para confundir os sábios"

Essa foi a frase dita pelo meu amigo de longa data Marcelo Magoo, obviamente, num balcão de bar.
Eu não estava lá muito sóbrio, mas estava em plena consciência. Ou não.
Será que sou louco, ou será que sou sábio? Tudo que sei é que o Magoo conseguiu dar um nó aqui.
Pesquisei no Google (o mais sábio dos seres do mundo) e ele me apontou a frase como de autor desconhecido, e também descobri que é o nome do primeiro disco de um grupo de Hip Hop chamado "O Pregador'. Ou seja, nem o Google conseguiu me responder. O Magoo confundiu o Google!
Acho que também sou louco, então.
Ontem eu tive uma viagem chamada Miranda, outra chamada Outs, e a maior viagem do universo, chamada Wlad.
Talvez nada disso exista, seja tudo minha imaginação, e nesse exato momento eu sou um personagem de Matrix.
O mundo talvez não exista tal qual como o conhecemos.
Então não há Miranda, Outs e Wlad. Tampouco as 9 bandas que tocaram ontem, que eu, pacientemente, coloquei e tirei do palco.
Bom, como estou atolado de trabalho, e isso parece não ser uma viagem minha, deixo estas linhas confusas, talvez, para confundir os sábios... ou os loucos.
Na LUTA!
Adriano Pacianotto

segunda-feira, junho 08, 2009

Revivals do bem. Revivals do mal.








Foto 1: Imperial
foto 2: Sisters of Mercy


Semana passada, creio que devido ao revival do Sisters of Mercy no Brasil, lembrei-me da minha banda predileta dentre as que compuzeram, na segunda metade dos anos 90, a cena darkwave nacional. O nome da banda é Imperial, e seu vocalista, Fabio Sliachticas, o alemão mais alemão que já conheci (rs), é um grande amigo que rendeu ótimas conversas sobre filosofia e política naqueles tempos de sentimentos a flor da pele. Bom, resumo: lembrei-me dele e de sua extinta banda, ouvi um K7 demo que ainda tenho guardado a sete chaves, e lembrei-me dos shows simplesmente avassaladores que o Imperial realizava. E hoje, ao abrir minha caixa de emails, lá estava uma mensagem desse velho amigo que não vejo há tempos, e havia, inclusive, perdido contato há alguns anos. Talvez tenha sido a força do pensamento.

Não vou resenhar a história da banda aqui, eles merecem, no mínimo, uma matéria digna de sua grandeza. Minha vontade era ter esfregado as músicas do Fábio na cara do Andrew Eldricth, e dito: "Olha aqui, seu merda, você cantou assim um dia, foi talentoso assim um dia, dê-se ao respeito!". O imperial segue a mesma linha de bateria eletrônica, flertes com o heavy metal nas primeiras composições, e dono de uma harmonia lírica imcomparável nas posteriores, rasgadas num vocal sofrigo, gravíssimo, cantado em português pleo grande Fábio, na minha opinião, um dos maiores letristas que já conheci, e, certamente, agrada qualquer admirador dos tempos aureos do Sisters. Eu disse que não ia resenhar, né? Pronto, dei uma palha do que foi a banda, mas está prometida uma matéria a sua altura. No site http://www.outrodestino.com/ estão as músicas para download, letras e tudo o mais. Outro Destino é o novo nome adotado, que, espero, saia do armário que seja pelo menos para uma apresentação ao vivo, que eu organizaria, se o Fábio topar, com o maior prazer do mundo.

Quanto ao Sisters of Mercy, fiz a cobertura do show fechado que aconteceu na última quinta no Manifesto Rock Bar, para o site Zona Punk. A matéria está no ar, confiram em http://www.zonapunk.com.br/, com fotos feitas pela minha amiga, e anjo da guarda, Ludimyla Russo.

Abaixo vai uma das letras do Imperial.
"Pelo menos para mim (é claro que isso varia de pessoa para pessoa), as letras são a direção e o propósito da música. Adoro a melodia, adoro a música em si, mas a letra é algo especial..." (Fabio Sliachticas)
Nossos Dias Mais Longos
(Imperial)
um lampejo de bom senso te deixou fora de ação
e tudo o que você julgava seu
escorre pela sua mão
mas não se assuste com o fogo
ele destrói, ele é renovação

e não há colheita porque você nada plantou
e não haverá um novo dia
porque você se consumiu
e não há ninguém te esperando
porque a todos você traiu
e não irá chorar sobre ruínas
porque nada, porque nada construiu

mas fique mais um tempo por aqui
e veja como as coisas estão
os dias sangrentos, dias de opressão
pessoas desaparecem na confusão
aquele abandona sua cruz
os fracos são engolidos pela multidão
o ar está pesado
e o alvo da operação
foi o único que não morreu na explosão
e não há sinal de arrependimento
porque eles não sabem
que alimentaram o mal que pensavam combater
agora tentem resistir as noites de desespero
que devoram a esperança de mais esta geração
eles rezam para que a escuridão os trague
porque nunca tiveram um pouco de paz
porque eles nem mesmo conheceram o amor
uma rajada de mentiras sagradas
abriu seu peito e retalhou seu coração
e tudo o que você pode fazer
é abaixar a cabeça e se ajoelhar
mas não se assuste com o fogo
ele destrói, ele é renovação
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