Após um sábado longo, com show no Vitrola à tarde, uma briguinha básica daquelas de acabar com a festa, comigo, é claro, e uma noite de discotecagem regada a água mineral e refrigerante, fui parar no Bar do China, para o café da manhã.
Pleno domingo, pós balada, às 7hs, comendo pães de queijo alucinógenos. Pois é, tenho certeza que a chinesa do bar, que não deixa fazer nada e fica ralhando o tempo todo dizendo que isso e aquilo não pode, coloca maconha no recheio e anfetamina no café.
O resultado foi uma alucinação coletiva, e olha que nem chegamos perto das sarfinhas agonizantes que moravam na estufa, as quais, tenho certeza absoluta, são mil vezes mais radioativas que o Césio 137.
Com nossa percepção aguçada começamos a descobrir inúmeros mistérios que nunca vão mudar em nada a vida de ninguém, tampouco contribuirão com a evolução da nossa espécie ou qualquer melhora em nossa medíocre sociedade, mas nos renderamboas risadas.
Descobrimos que os góticos do Aeroflith viram pombos quando a balada acaba. Que quando se mata pombos quando criança o "Senhor Pombal" vem se vingar de nós, e ele é um pombo de 2 metros de altura, que fála, e mora no sótão de um amigo meu. Também descobrimos que os pombos usam binóculos para observar os humanos, e estão planejando dominar o mundo. Outra importante descoberta é que a CET não multa banco de areia estacionado em local proibido. Só não descobrimos quem é o China, só estava a mulher dele, que acho que é coreana, enfim...
O melhor de tudo é a descobrir que encontramos as coisas quando não procuramos. Que amor é algo mágico que pode acontecer a qualquer instante. E que se pode ficar dias seguidos pensando em alguém sem saber o porquê.
Também descobri que árvores se escreve com três "R" e dois "S", taurinos se atraem, e olhares podem ser doces ainda, mesmo depois de muito acreditar que a vida é amarga.
O próximo passo é comer as sardinhas agonizantes e descobrir quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha.
Afe, socorro de mim!
Fui!
Na LUTA
Adriano Pacianotto
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