quarta-feira, novembro 05, 2008

Confissões apenas



As pessoas parecem tão felizes em seus álbuns de fotos no Orkut. Lá, onde ninguém chora, nem atrasa as contas, tampouco anuncia seus conflitos... Eu queria ser um álbum do Orkut. Talvez eu seja, pois assim me vêem, assim me acreditam.

A vida é tão mais complexa que fotos felizes...

Um dia desses eu quase fui uma pessoa normal. Acordei cedo, tomei um banho, e até cantei no chuveiro, fiz a barba, tomei café da manhã, com direito a frios e torradas, leite quente com chocolate, e suco de laranja. Mas a mesa estava vazia, sem olhares de um grande amor, sem beijo de bom dia, nem vontade de sorrir.

Então resolvi mudar tudo de lugar. Limpei minha mesa de trabalho, coloquei uma foto na tela do PC, uma foto de tempos felizes e olhares doces... me enchi de saudades, segurei o aperto no peito, quase chorei velhas verdades, mas quis, creio que pela primeira vez em minha vida, construir o meu futuro.

Me enchi de sonhos e de esperanças. Me esvaziei das dores e da arrogância, e joguei minhas mágoas fora.

Ouvi uma velha música, que me lembrou aqueles sábados com o sol entrando pela janela do meu quarto, e percebi que tudo estava diferente...

Decidi não me preocupar com tudo que perdi ao longo do tempo, mas passei alguns momentos relembrando o meu grande amor, o único que sobreviveu, que nunca acabou nem esvaziou meu peito. Suspirei seu nome, fechei os olhos e lhe dei um beijo leve nos lábios distantes. Dei um sorriso calmo, embora com a alma triste e os olhos sem encanto.

Completei meu dia com todas as dúvidas e com todo o medo de dizer te amo, embora eu já lhe tenha dito tanto.

Eu não quis morrer, nem tomar um porre. De repente percebi que não queria mais lhe esquecer, mas sim lhe ter de volta.
Eu seria um covarde se simplesmente desistisse e fosse embora?

Eu seria um tolo se, como quem nada mais tem a perder, lhe pedisse colo?

Seria coragem transformá-la em sonho?

Sinto saudades, como nunca senti antes... e, mesmo não sabendo nada dessa vida louca, tenho a plena certeza de que a amo...

Para todo o sempre.


Adriano Pacianotto

1 comentários:

Slash disse...

Eu até ia comentar o texto do seu blog que achei muito bonito, mas AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!

Que ataque foi aquele no bar?! rs
Fui embora porque tava com medo (e porque o Psiu não tava ali...rs).

Um abraço!

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