domingo, novembro 09, 2008

Simplesmente meu escritor predileto.



Há tempos não mexia em velhos livros, então resolvi fazer a manutenção dos de cabeceira, e que estão num estado um tanto degradados, empoeirados e quase desmontando. Sem dúvidas que a coleção com a obra completa de Edgar Allan Poe, poesia e prosa, com 3 volumes com aproximadamente 500 páginas cada, editados em 1944, e que foram presente do amigo, e grande poeta, Morpheus Affinito, muitos anos atrás, é meu maior xodó... como pude abandoná-los assim? Mas já estou pesquisando técnicas de restauração que serão aplicadas ao longo dos próximos dias, e terei meu 3 volumes prediletos brilhando na prateleira novamente.

No primeiro volume há uma biografia completa e impressionante sobre o autor, que, sobrando um tempinho esta semana digitarei e postarei aqui, na íntegra.
Ah! Não empresto e nem deixo por a mão, mas pode olhar de longe hehe.
Na LUTA!
Adriano Pacianotto

...............................................................


LENORA
De
EDGAR ALLAN POE

"Ah! foi partida a taça de ouro!
O espírito fugiu!
Que dobre o sino ! uma alma santa
Já cruza o Estígio rio!
E TU não choras, Guy de Vere?
Venha teu pranto agora,
Ou nunca mais! Norude esquife
Jaz teu amor, Lenora!
Leiam-se os ritos funerários
E o último canto se ouça,
Umhino à rainha dentre as mortas,
A que morreu mais moça.
E duplamente elemorreu
Porque morreu tão moça!"
"Pela riqueza a amastes, míseros,
O seu orgulho odiando,
E, doente, a bendissestes, quando
A morte ia chegando.
E como, então, lereis o rito?
Os cantos de repouso
Entoareis VÓS, olhar do mal?
VÓS, o verbo aleivoso
Que o fim trouxestes à existência
Tão jovem da inocência?"
"PECCAVIMUS! mas não te irrites!
O requiem, tão solene
E embalador ascenda aos céus,
Que a morta já não pene!
PARA AGUARDAR-TE ela se foi
Tendo ao lado a Esperança
E tu ficaste, louco e só,
Chorando a noiva criança,
Meiga e formosa, que ali jaz,
Magnífica, sem par,
Com a vida em seus cabelos de ouro,
Mas não em seu olhar,
Com a vida em seu cabelo, sim,
E a morte em seu olhar."
"Ide! Meu coração não pesa!
Sem canto funeral,
Quero seguir o anjo em seu vôo
Com um velho hino triunfal.
Não dobre mais o sino! Que a alma
Em seu prazer sagrado
Não o ouça, triste, ao ir deixando
O mundo amaldiçoado.
Ela se arranca aos vis demônios
Da terra e sobe aos céus.
Do inferno, à altura se conduz
E lá, na luz dos céus,
Livre do mal, da dor, se assenta
Num trono aos pés de Deus!"

0 comentários:

counter
counter
 
Copyright 2009 Adriano Pacianotto. Powered by Blogger Blogger Templates create by Deluxe Templates. WP by Masterplan