segunda-feira, outubro 10, 2011

NA NOITE SEM ESTRELAS



Talvez agora nada esteja claro
Talvez o tempo atenue a dor
Sufoque a solidão imensa
Que se agiganta, só aumenta
Pela falta de um amor intenso
Capaz de ressuscitar meus sonhos
E engrandecer os meus anseios

Devo beber de outros lábios
A inquietude de meus sentimentos?
Ah! Dúvidas tantas que tenho...
Onde foi que eu errei
Trilhando versos tão confusos
De tormento e desespero?

Meus amores desgraçados
Minhas dores congeladas
Meus desejos enterrados
No coração que já não chora
De tão vazio e tão cansado
De tantos prantos que não deram em nada

Obrigado por lembrar de mim
Nos dias de aniversário
Segue a vida, vem a morte...
Cada vez mais longe dos teus lábios
Obrigado por chorar saudades
Ao recordar das nossas tardes

Quem me dera caber no peito todos os meus amores
E que eu tivesse lhes dado sorrisos
Ou que pelo menos não chorassem tanto
Por eu não ter nunca dividido um sonho
Por eu não ser capaz de acreditar em anjos
Ou simplesmente me livrar de meus demônios

Adriano Pacianotto - 15/09/2006 

1 comentários:

coffeeboy disse...

meu camarada, vc escreve muito bem! = ~~ )

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