quinta-feira, agosto 26, 2010

"POLÍCIA PARA QUEM PRECISA"


Eis que na tarde da última terça o copinho de sal grosso da minha mãe ferveu até a boca. Segundo ela, o copo d´água com sal grosso, que vive eternamente na pia da cozinha, quando "ferve", é sinal de mal presságio.

Por volta das 20hs, chegando em casa com a Denise, mesmo com a rua muito movimentada, dois "miliantes" como a palavra "LADRÃO" estampada na testa, nos abordaram calmamente, com aquele jargão básico de vagabundo: "não corre, continua andando e me passa celular e carteira que é assalto".

Assalto concluído e, mais uma vez nesta terra horrível, vou eu ligar para o 190, que é o que hoje em dia equivale ao "disk Ary Toledo" dos meus tempos de infância.

No atendimento do COPOM aquela lerdeza "crássica" da "puliça" tupiniquim, perguntas cretidas, do tipo: "me descreva os indivíduos: cor da pele, cabelo, roupas, altura, opção sexual, CPF do desgraçado..." Tudo isso pra dar tempo do bandido fugir e os "hômi da lei" não correr o risco.

20 minutos depois o carrinho colorido de coxinha chegou à minha casa. Os policiais foram super atenciosos, ficaram naquele bate papo comum, reclamando das más condições de trabalho, que não podem atirar em vagabundo porque rola processo e todo o mimimi de sempre. Um dos "meganhas" não tinha mais que vinte e poucos anos, sem um pelo na cara, e disse claramente: "morro de medo de bandido!"

E eu aqui me sinto um papagaio, repetindo a mesma história de tempos em tempos, engolindo a seco minha indignação com o sistema e amargando a falência de nossa medíocre sociedade.

O negócio é votar no Tiririca ou numa Mulher Salada de Fruta qualquer, afinal, Brasil é terra de piada repetida e cú balançando pra todo lado, mais nada.

Na LUTA!
Adriano Pacianotto

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