terça-feira, setembro 01, 2009

Um desabafo confuso


"Não jogue pérolas aos porcos, eles gostam de lavagem" - Alguém me disse há muitos anos.
Era como eu me sentia naquele instante. É como eu me sinto agora.
Estou moído, meu corpo dói, e minha mente está em branco, sem criatividade ou entusiasmo.
Não escrevo aqui há alguns dias e, a verdade, não faço idéia do que escrever. Acho que o estresse me tornou um poço de confusão e falta de vontade.
Nesses últimos dias não consigo escrever mais que uma estrofe, ou duas, três linhas de algum texto sem interesse.
Às vezes acho que sou exigente demais comigo mesmo. Às vezes acho que não pertenço a este mundo. Às vezes apenas penso em desistir.
Estou descrente na boa fé das pessoas, tamanha a quantidade de gente sem escrúpulos que conheci na vida.
Tem gente que me enoja, gente que me irrita e gente que me dá tédio.
Os que me enojam, felizmente, estão distantes. Os que me irritam, infelizmente, convivem comigo. Os que me dão tédio existem por todos os cantos.
Tudo bem que nem tudo é esse "mar de merda", tem muita (muita?) gente boa no mundo, e uma boa parcela delas a meu lado. Tenho ótimos amigos, uma namorada maravilhosa e pessoas em quem confio plenamente.
Acho que é só minha frustração com o mundo que me fez triste assim, acho que foi...
Eu trabalho 15 horas por dia, faço o possível e o impossível para que tudo dê certo, ou pelo menos algo próximo disso. Escrevo poesias, textos e matérias sobre música e cultura, discoteco, organizo shows e baladas, e, principalmente, ajudo a divulgar tudo aquilo que tem qualidade na cena independente. E faço isso há quase 20 anos.
A questão é que ainda me sinto frustrado quando me desvalorizam, e principalmente quando isso parte de gente sem qualquer talento e, pior ainda, sem qualquer pudor, agindo em interesse próprio.
Por isso nessa vida já mandei tomar no cú polícia, ladrão, patrão, piranha e tudo mais que o valha.
Dinheiro não me compra. Boceta não me compra. Status não me compra. Só sei ser eu mesmo, e sempre serei.
Enfim, não sou hipócrita, não escondo a cara e não censuro minha palavras. Quem é meu amigo sabe que se for preciso mandar se foder, dizer que não concordo e bla bla bla, eu faço, assim como aceito quando preciso ouvir as verdades, desde que tenham coerência e a crítica não seja em prol de interesses escusos e egoístas.
O problema é que muitas pessoas falam mas não sabem ouvir. E, impressionantemente, são sempre as pessoas com as vidas mais medíocres.
Bom, é apenas um desabafo... mais um desabafo confuso...

e como diria minha amiga Ludimyla: Anyway.
Na LUTA!
Adriano Pacianotto

0 comentários:

counter
counter
 
Copyright 2009 Adriano Pacianotto. Powered by Blogger Blogger Templates create by Deluxe Templates. WP by Masterplan