quinta-feira, setembro 24, 2009

Nessas Horas Sem Abrigo


Vou ficar aqui, com minhas canções tão tristes
Com minhas lembranças de amor e fel
Com minha falta de vontade, minha falta de apetite
E a eterna insônia que me insiste

Um dia, talvez, terei coragem
De deixar o que me aflige
Partir sem qualquer remorso
Morrer sempre foi meu vício

E nessas horas, nesses momentos de porres de vinho
De lágrimas de desabafo
Eu engulo o meu passado
E encontro meus abismos

Nessas horas eu me sinto fraco
Nessas horas sem palavras
De olhar sem qualquer brilho
Nessas horas sem abrigo

Quero flores em meu velório
Despedidas em desespero
Juntar-me aos que já morreram
Matar comigo meus anseios

Não me importa a covardia
Ninguém sabe o que vive aqui dentro
E os convido aos meus tormentos
E os espero em meu enterro

Adriano Pacianotto
23/09/2009


Na LUTA!

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