segunda-feira, novembro 22, 2010

Entre São Paulo e Amsterdam


Mais uma segunda-feira, mais um dia de labuta, mais uma lista enorme de afazeres e outra de contas... Chego a conclusão de que para ser feliz definitivamente só preciso de mais algumas cifras, nada astronômico, apenas o suficiente para as despesas, alguns supérfluos e putaria de vez em quando.

Devia começar a jogar na loteria, ou no bicho pelo menos. Se eu ganho uma daquelas caralhadas de milhões que costumam acumular vou morar com a Dê na Holanda, numa casinha pequena e aconchegante, com vista para um imenso campo florido, e lá escreveria livros de baixa vendagem pelo resto da vida, e certamente, os poemas mais belos do mundo! O resto da grana financiaria todo tipo de projeto cultural possível, e iria ajudar algumas pessoas especiais que trago no peito, é claro.

Devaneios (ou alucinações) à parte, bem que eu gostaria de morar em Amsterdam, tomar umas e fumar unzinho naqueles pubs bacanas, andar de bicicleta por todos os cantos e estar sempre rodeado de belíssimas paisagens, afinal, eu nasci no Brás, e não é lá que quero morrer.

Nunca pensei sobre o lugar de minha morte, já pensei e repensei em como deve acontecer, mas nunca construi um cenário, nenhum lugar específico... na verdade em nada importa isso, embora para quem precise ir ao enterro é sempre bem-vindo um funeral no cemitério mais próximo.

Bom, como não pretendo morrer hoje, nem perto nem longe, e não tenho paisagem de Amsterdam em passeio de bicicleta, vou encarar o caos paulistano e procurar beleza olhando para o alto, da janela do ônibus, enquanto ouço o canto metálico do trânsito e os passos pesados de todos os miseráveis.

É só mais uma segunda em São Paulo.

Na LUTA!
Adriano Pacianotto

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