quinta-feira, abril 15, 2010
Não sei se preciso de férias, um porre na sarjeta ou simplesmente encontrar-me em minha própria ausência.
Faz um tempinho considerável que não posto aqui meus devaneios, devo publicar algo em breve, pela simples necessidade de vomitar meus pensamentos.
Por enquanto mando mais um de meus poemas.
EM DIAS COMO ESTE
Em dias como este eu costumava observar a rua
Da janela de uma velha casa
Eu também chorava às vezes
E sentia sempre a tua falta
Em dias como este, às vezes, eu me equilibrava
Por horas me dependurava à corda
E sonhava voar para sempre
Eu sonhava às vezes, mas não voava
Em dias como este eu perdia meus sorrisos
Me escondia do que era vivo
Com pensamentos cinzas me matava um pouco
E lamentava tristes compromissos
Em dias como este eu já poderia ter morrido
Mas a coragem não vencia meu instinto
Então eu chorava às vezes, e chorava muito
Porque a felicidade nunca havia existido
E ao acordar, no dia seguinte, eu ainda estava triste
Cheio de dúvidas e cicatrizes
Em dias como este eu bebia sempre
E só sabia que ninguém me entende
Em dias como este eu implorava por um colo quente
Juntava tudo o que havia partido, e me partindo
Eu procurava meus cacos em montes de lixo
E me alimentava das migalhas do que estava ausente
Em dias como este eu implorava carinho
Algum conforto, algum ouvido
E fui me acostumando a ser sozinho
Para o amor eu sou um estranho
Minhas amantes partiram a ferro e fogo
Tudo morre em meu contorno
Mil perdões é muito pouco
Por todo mal que fiz aos outros
O fel corre meus beijos e meus sonhos
Tudo acaba. Tudo o que quero tanto
Restam minhas longas noites sem sono
Por onde passo ficam só escombros
Adriano Pacianotto
28/10/2007
1 comentários:
Fala adriano!
Poxa cara vaeu mesmo pro seguir meu blog, te do um toque sempre que atualizar por lá.
Se conhecer alguma banda que quiser passar pela berlinda só manda um email ok?
Valeu!
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