sexta-feira, janeiro 29, 2010
Madrugada Adentro
As vezes esmoreço. Quem me conhece bem sabe dos meus porres de maria-mole, dos meus longos discursos madrugada adentro, e das palavras magoadas de desistência, jogadas entre profunda tristeza. Nada mais do que aquele porre que lava a alma, que te acorda de ressaca, mas te renova.
Eu sou assim.
E escrevo essas coisas:
Hoje eu estou triste
Com ressaca de conhaque
E de gosto de cigarro
Hoje escrevo versos
Sobre tempos desgraçados
Ontem eu fui pra casa
Procurando por respostas
Para todas estas lágrimas
Que me acordam de ressaca
E reescrevem minha história
Hoje eu estou calmo
Preparando molotovs
Inquieto, melancólico
E um tanto angustiado
Me entrego a outro porre
Eu trago o amor comigo
Eu tenho colo e afago
Eu trago um coração rasgado
De injustiças que me esbarram
E às vezes eu procuro a morte
Hoje eu estou só
Estou escuro e amargo
E só o carinho que me é farto
Me conforta da má sorte
E eu venço outro combate
A bandeira a meio mastro
Chora triste por meus mortos
Porque o sangue é necessário
É o preço que pagamos caro
Por aquilo que queremos
Hoje estou calado
A espera da bonança
Após mais uma tempestade
No aguardo de uma tarde
Que me encha de esperança
Na LUTA!
Adriano Pacianotto
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