Atacam-nos com fúria insana
(Intolerância conservadora)
Lançam-nos à margem
Na esperança inquisidora
De que obedeçamos à risca
Toda a pura ignorância
Da família tradicional fascista
E suas igrejas milicianas
Erguem o Alfarrábio Santo
Repleto de embuste e sangue
Apontam-nos como pecadores
Neste instante de maldade
Em que o insano é a realidade
E a fogueira dos pastores arde
Em busca de opositores
Deus abençoou a pólvora
E escolheu o senhor da morte
Como seu representante
Ao entortar linhas notórias
O caminho traçado da bala
Não atinge a carne nobre
Segue a velha trajetória
Contra o negro, o índio, o pobre
Messias demoníaco
Com seus cães conspiradores
Com seus traumas freudianos
E matilhas de censores
Defendendo a terra plana
E o ódio aos amores
Nessa nova guerra santa
Que transforma Cristo em arma
Os juízes em farsantes
E a Justiça em mera trama
(Adriano Pacianotto - 09/12/2019)