sexta-feira, novembro 01, 2024

Vale Da Morte (Dentro De Um Sonho)

 

Caminhei pelo vale da morte

Dentro de um sonho, por sete dias,

Alimentando-me de estranhos bichos de olhos grandes

E bebendo a água que pingava,

Viscosa e podre, de gélidos cones flutuantes.

(Adriano Pacianotto)

Sentimento De Reboco Velho

 

Mesma casa
Móveis me encarando
Silêncio de velório
Sentimento de reboco velho
Tristeza de saudade
Cheiro de cemitério
História sem verdade
Ruas de duelo
Morte me encarando
Revirando a carne em versos
Qualquer passo sem futuro
Sorriso acinzentado e mudo
Mundo que se desintegra
Longo dia de silêncio e chumbo
Vida de inferno e raiva
Longa fila de defuntos
Genocídio e covas rasas

(Adriano Pacianotto)

segunda-feira, janeiro 08, 2024

Rebanho de Loucos

 

REBANHO DE LOUCOS

Assusta-me imensuravelmente mais
A ignorância e o ódio daqueles
Que como selvagens animais
Desmedem seus dizeres
Imundam-se tais quais
Os mais infelizes seres
Que rastejam nos umbrais
Como cães defendendo alqueires
De escravocratas ancestrais

E na oficina do diabo
Nascem bolhas de holocausto
Junto ao limo dos narcisos
E dos egos consternados
De tantos ressentidos
Loucos desalmados
E sábios de improviso
Esse é o mundo paralelo
Onde todo o amor é extinto
E o horror verde e amarelo
Lança tudo ao precipício

Adriano Pacianotto

quarta-feira, outubro 18, 2023

A História do Penha Rock #01 - 1ª Edição


Em 2012 a ocupação de espaços públicos por artistas e produtores independentes se tornava realidade em muitos cantos da cidade, e foi nesse contexto que o Penha Rock surgiu. A 1ª edição aconteceu em 4 de agosto do mesmo ano no Largo do Rosário, no centro histórico da Penha, na zona leste de São Paulo. 

Com autorização de uso do espaço sob hercúlea insistência, o palco finalmente foi armado naquele sábado ensolarado para as bandas Kamenin, O Grande Ogro, Inside Shout, Jack's Revenge e Nessuno e os Cães de Pavlov inaugurarem o projeto.  

Mais fotos do evento no blog do Penha Rock: penharock.blogspot.com/2012/08/1-edicao-do-projeto-penha-rock-04082012.html


Na LUTA!

Adriano Pacianotto

quarta-feira, agosto 16, 2023

Penha Rock - Resistência Underground



Olá amigos! Como muitos já sabem, o Penha Rock, que idealizei em 2012 para fomentar o rock underground através de eventos em espaços públicos do bairro da Penha, com ações coletivas em parceria com a Prefeitura de São Paulo, e que realizou mais de 60 edições e 3 Viradas Culturais, foi tema do Mês do Rock 2023 no Centro Cultural da Penha sem o meu conhecimento. Tratou-se de um grande mal entendido decorrente de desatenção do setor de programação do CCP, que prontamente respondeu meu comunicado e reconheceu o erro, prestando os devidos esclarecimentos e se comprometendo a não utilizar novamente o nome do projeto.

A quem interessar, seguem prints dos e-mails com a justificativa do CCP e algumas publicações que embasaram minha contestação. 

Por enquanto não há previsão de novas edições, já que a atual gestão municipal não demonstra interesse em retomar a parceria, restando ao Penha Rock seguir articulando caminhos para viabilizar novas realizações. 

Sou muitíssimo grato a todos vocês que apoiam e dão sentido à existência do Penha Rock!









 

segunda-feira, maio 29, 2023

Labaredas (de amor, desejo e escárnio) - Volume Completo - Poemas de Adriano Pacianotto

 

LABAREDAS (DE AMOR, DESEJO E ESCÁRNIO)

POEMAS
ADRIANO PACIANOTTO


CAPA & ILUSTRAÇÕES
RAFAEL PIRES


2022






Apresentação

Caro leitor, de antemão alerto que estas páginas podem ser desconfortáveis e terrivelmente verdadeiras. Não caminhe desavisado por estes versos incendiários, pois há fantasmas espreitando o fogo e eu não posso controla-los. Não pise em ossos, não revire escombros e não tente acordar os mortos. Apenas entre com cuidado, pois esta é a lira dos errantes, um submundo venenoso e impregnado de amor, desejo e escárnio. Perdoe-me se eu perturbar sua alma, se incomodar seus sonhos ou colocar seus demônios pra fora. Não há garantia de retorno.

Boa leitura.


quarta-feira, abril 19, 2023

Colagem: Finados



FINADOS
(poema e colagem de Adriano Pacianotto)

Passei para entregar-te rosas
Compartilhar nosso silêncio
Teus olhos eram tão perfeitos
Que jamais eu me esqueço

Vim trazer-te minhas lágrimas
A saudade que guardo no peito
Nunca mais me dirás nada
Nunca mais carinho ou beijos

Deixo flores sobre a tua cova
Com o cheiro dos que já morreram
Com a dor que desabrocha

Aguardo a tua voz tranquila
Que nunca mais trará respostas
Sufoco o pranto e vou embora

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